Aos 34 anos, mulher realiza o sonho de infância de ter uma boneca trans e comove a internet

Um show de representatividade!

O universo infantil é permeado de brincadeiras nas quais as crianças se projetam e conseguem se ver nos personagens que elas criam, seja através da imaginação fértil dessa idade ou com bonecos e bonecas que simulam outras pessoas.

Esse mundo mágico fez parte de maneira velada da infância de Bárbara Iara Hugo, uma mulher transsexual que precisava brincar escondida com a priminha das ditas “brincadeiras de meninas”.

Hoje, aos 34 anos ela teve um sonho realizado: ela ganhou uma boneca trans feita sob encomenda e com todos os detalhes que ela sempre quis! “A questão é que, pra mim, era impossível realizar o sonho de ter a minha própria Barbie. (…) A boneca é a materialização de um dos sonhos não realizados na infância e que hoje podem ser realizados na vida adulta“, explicou Bárbara em entrevista ao site do G1.

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A boneca foi pensada em cada pontinho, desde a sua cor escura, que remete à pele negra da mestranda em educação, gestora de exposições de artes visuais e também youtuber, até à calda da sereia, que carrega as cores da bandeira trans (azul, rosa e branca). A figura da sereia aliás é algo muito forte na vida de Bárbara, que foi uma referência no seu processo de transição.

De acordo com ela, o mito do filme da Pequena Sereia tem como ideia principal um ser que deseja ser outra coisa que não é. “E a cisgeneridade, a sociedade comum, acha que a gente representa uma farsa, que a gente deseja ser aquilo que a gente não é. Quando na verdade a grande felicidade está em ser exatamente aquilo que se é e poder conquistar o que a gente não podia, o que a gente foi proibida de realizar antes”, explicou Bárbara.

REPRESENTATIVIDADE E MUITO AMOR

Muito animada e feliz com a boneca, Bárbara compartilhou no seu Instagram o momento em que desembrulhou o recibo. O post rendeu várias mensagens carinhosas e muito fofas. “Que linda!!! Chorei com esse vídeo. Quanta poesia”, escreveu uma seguidora. “Maravilhoso realizar sonhos, transforma-los em realidade, eu faço Amigurumis também e não tem como não se apaixonar pela sua boneca! Parabéns a você e a artesã que desenvolveu tão lindamente a peça”, comentou outra internauta.

A artista responsável pela boneca é Mari Kazi, que trabalhou na encomenda por três meses! O nome do tipo de peça que Mari faz é o “Amigurumi”, uma junção das palavras japonesas “ami” (malha ou tricô) e “nuigurumi” (bichos de pelúcias). “Eu trabalho com esse projeto de crochê em que eu represento as pessoas, e pra mim é muito gratificante fazer parte dessas histórias; já fiz bastante coisa para a comunidade LGBTQIA+. E eu acredito que seja o primeiro ‘amigurumi’ trans“, afirmou.

Um show de representatividade, não é mesmo? São projetos e ideias assim que dão visibilidade para todas as pessoas e deixam o nosso coração quentinho e cheio de esperança!

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Fonte: G1

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