Um estudo publicado na revista Current Biology constatou que aprender uma palavra nova causa respostas parecidas em nosso cérebro como quando fazemos sexo ou usamos droga.
Prova disso, é a febre das palavras cruzadas, caça palavras, anagramas e muitos outros.
O surgimento da linguagem foi um passo muito significativo em nossa evolução, porque fez com que a comunicação e o compartilhamento de informações fosse apreendido com mais facilidade.
Por isso, as palavras se tornaram um apêndice humano, responsável por nossa sobrevivência. Sendo assim, não é estranho pensarmos que essa habilidade de se comunicar esteja associado a áreas de recompensa no nosso cérebro.
Como prova disso, podemos pensar nas sensações que determinado tipo de palavra ou expressão pode gerar em quem as ouve.
Há palavras que alegram e as que entristecem, assim como podem induzir ao medo, a raiva ou aclamar, algumas trazem dúvidas ou esperança, outras negam e outras afirmam determinados sentimentos.
Enfim, as palavras têm substância e poder, representam o fio de ouro do pensamento, das crenças dos sentimentos.
Para provar o impacto que uma nova palavra pode causar, pesquisadores da Espanha e Alemanha olharam para a atividade cerebral de 36 participantes adultos usando uma técnica chamada de ressonância magnética funcional (functional magnetic resonance imaging, ou a sigla fMRI, em inglês).
Varreduras foram tiradas enquanto os participantes estavam realizando duas atividades diferentes: aprender o significado de novas palavras a partir do contexto em uma frase, e uma tarefa de jogo.
Durante a aprendizagem e o jogo, os participantes exibiram atividade no corpo estriado ventral, que é uma área central no cérebro, relacionada a recompensa e motivação.
Esta mesma região é ativado durante uma ampla gama de atividades prazerosas, como comer boa comida, fazer sexo e usar drogas.
Durante as atividades de aprendizagem de palavras, essa mesma região recebeu aumento de estímulos.
Tendo resultados positivos nos dois processos (seja ele lúdico ou não), o estudo mostra que as palavras causam vantagens aos estímulos cerebrais e que estas resultaram no surgimento de competências linguísticas.
Como a linguagem surgiu no homem tão precocemente ainda é um mistério que não foi totalmente decifrado. O que se sabe de fato e sem sombra de dúvida é que a linguagem é um diferencial humano e parte significativa para possibilitar a convivência em sociedade.
O estudioso Antoni Rodriguez-Fornells ainda completa: “Os resultados põe em causa se a linguagem é o único produto da evolução do córtex cerebral, e pode até mesmo sugerir que as emoções podem influenciar o processo de aquisição da linguagem”.
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Fonte: iflscience.com.
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Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.