Vidas alheias e riquezas salvar. Esse é o lema do corpo de bombeiras no Brasil e em outros países do mundo. São poucas as profissões que exigem uma empatia tão grande. A vida dos bombeiros é diariamente e voluntariamente posta em risco para salvar outras pessoas.
Para tornar-se bombeiro, antes de tudo, se exige uma condição física dionisíaca. De bombeiro espera-se condições para lidar com situações de fogo, enchente, acidentes domésticos, acidentes com carros e outros tantos eventos que colocam em risco a integridade física dos seres humanos.
E tudo indicava que seria mais um dia de serviço para alguns bombeiros. Treinamentos, alimentação e rotinas de praxe. O alarme soa e a equipe é convocada para mais uma ocorrência: acidente de carros. Equipe prepara-se e se coloca em curso para o evento.
Te interessa?
Ao chegar no local constata-se que o acidente não teve vítimas fatais. Ninguém preso nas ferragens, sem foco de incêndio e nenhuma pessoa envolvida na intercorrência com fraturas internas ou expostas. Tudo aparentemente se resumia a carros danificados.
Aparentemente… Em meio as discussões entre os envolvidos sobre a responsabilidade do acidente, um dos bombeiros percebeu que uma garotinha envolvida no acidente estava em choque.
Era necessário que seus pais resolvessem os problemas burocráticos envolvidos numa acidente. É necessário discutir a causa, mas também cumprir os procedimentos que envolvem o seguro. E assim estava sendo feito.
Porém a garotinha simplesmente não conseguia lidar com a situação. Ela estava em choque e seria impossível para os pais se dividir entre a resolução dos problemas e dar atenção para a menina.
Conto de fadas
Foi então que um bombeiro, o Ryan Benton, de 26 anos, entrou em ação. Sem pensar duas vezes, pegou seu tablet, abriu num livro de contos infantis, sentou a pequena garota no meio fio, pôs-se ao seu lado e começou a ler para ela enquanto lhe mostrava as belas gravuras.
A atitude do agente tirou a pequenina de seu estado de perturbação em meio ao caos promovido pelo acidente e a levou para um mundo tranquilo, repleto de cores onde imperava a paz que ela precisava naquele momento.
É difícil saber qual estória o bombeiro estava lendo para a menina. Muito provavelmente uma estória que envolvia um herói e uma princesa ou quem sabe o conto de um cavalheiro de armadura anti-chamas, destemido e de coração nobre que lia belas estórias para crianças em momentos de dificuldades.
Allie Marie Schmalz, testemunha do acidente, notou o ato gentil do bombeiro, capturou o momento e publicou numa rede social descrevendo o ato como “A coisa mais doce que já vi!”
O coordenador de comunicação do corpo de bombeiros, o senhor Cameron Abell, apontou que essa ação e tantas outras eram a razão pela qual seu departamento é extremamente orgulhoso de seu pessoal e ressalta:
“Eles são luz numa noite fria e assustadora. Eles estão disponíveis para os outros em seus momentos mais sombrios.”
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A atitude do bombeiro mostra que os heróis não são feitos apenas de músculos, mas também de empatia. Que não basta apenas conhecer procedimentos de primeiros socorros, mas conhecer as carências da alma humana nos momentos de dificuldade.
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Formado em História, entusiasta da literatura, apaixonado por artes.
