INSPIRAÇÃO BRASILEIRA: jovem que criou absorvente biodegradável é finalista de prêmio internacional

Por um mundo melhor!

Alinhar ideias que ajudem o meio ambiente e, ao mesmo tempo, pessoas em condição de vulnerabilidade social foi o que motivou a curitibana Rafaella Bona Gonçalves a criar um absorvente biodegradável para a população de rua.

O projeto sensível e extremamente bem elaborado chamou a atenção internacional e, agora, a designer de serviços está entre três finalistas da primeira edição do Young Inventors Prize, um prêmio internacional de jovens inventores.

Batizado de Maria, o absorvente íntimo biodegradável criado por Rafalla é feito com uma mistura de matérias-primas sustentáveis: fibra de bananeira, espuma de soja, liner de amido de milho e celulose. O objetivo da invenção é combater a pobreza menstrual e ajudar mulheres cis e homens trans em situação de rua.

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O Young Inventors Prize é uma iniciativa do European Patent Office (EPO), escritório europeu, com sede na cidade de Munique, na Alemanha, e que reconhece pessoas com menos de 30 anos que desenvolvem soluções para enfrentar problemas globais.

O projeto do absorvente biodegradável começou quando a jovem de 25 anos ainda era estudante do 3º ano de design de produto da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Hoje, a jovem colhe os frutos e ainda tem muitos planos para o seu futuro profissional.

“Estou muito feliz por poder ganhar essa visibilidade mundial com meu projeto e, se eu for uma das ganhadoras, ainda consigo investir mais no meu produto para que mais pessoas sejam impactadas por ele”, disse em entrevista ao G1.

Um dos temas preferidos de Rafaella, a sustentabilidade está sempre em pauta. Absorvente normais levam em média mais de 500 anos para se decompor na natureza, enquanto o produto desenvolvido pela jovem designer leve um ano e seis meses. Uma baita diferença, não é mesmo?

PLANOS PARA O FUTURO 

A indicação ao Young Inventors Prize não é o primeiro reconhecimento internacional do projeto de Rafaella. Há três anos, ela ganhou um prêmio de design na Alemanha e também realizou uma palestra no TEDx, oportunidade que aproveitou para falar sobre pobreza menstrual.

Apesar da carreira em expansão e dos olhos atentos do exterior, a jovem não pretende sair do Brasil por enquanto, mas sim democratizar o “Maria” por aqui. Para isso, ela já tem planos para o dinheiro que o prêmio irá ofertar. O primeiro colocado irá receber um valor de dez mil euros, já o segundo e o terceiro lugares receberão cinco mil euros cada.

Se eu ganhar o prêmio [o prêmio de inovação do European Patent Office (EPO)], quero ajudar esta start up a aperfeiçoar o produto delas – porque elas também têm um absorvente biodegradável. Hoje elas não conseguem fazer em larga escala porque elas não têm investimento necessário para o maquinário. Um dos meus objetivos com esse prêmio é que eu consiga ajudá-las a desenvolver os maquinários para a produção em larga escala”, afirmou em entrevista ao portal Deutsche Welle Brasil.

Mais do que uma profissional brilhante, Rafaella é uma pessoa comprometida com as suas crenças e causas sociais que defende.

Não me vejo trabalhando sem propósitos, sem uma causa por trás. Trabalho com design de serviços e sou pesquisadora da experiência do usuário. Vejo para o meu futuro trabalhar em projetos sociais, que causem impacto social, trazendo inovação”, disse ao DW.

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Estamos na torcida pela Rafaella! Que mais projetos assim possam ajudar o planeta e a toda a sociedade.

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