Britânico com TEA não sabia ler ou escrever até os 18 anos hoje é professor de Cambridge

Pura inspiração!

Segundo o relatório do Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC), publicado em março deste ano, uma em cada 36 crianças é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos oito anos de idade. Um número que aumentou 22% em relação ao estudo anterior, divulgado no final de 2021.

Apesar do crescimento de casos e diagnósticos, muitas pessoas ainda têm ideias capacitistas sobre a condição, o que acaba levando a estereótipos negativos e muita discriminação. Quem viveu isso na pele foi o inglês Jason Arday, que aos três anos foi diagnosticado com atraso no desenvolvimento global e transtorno do espectro autista.

De acordo com os médicos que acompanharam o caso, a vida de Jason não seria nada fácil. E realmente, o menino que cresceu no sul de Londres não conseguia se comunicar de forma eficaz durante uma boa parte de sua juventude.

Te interessa?

Até os 11 anos de idade, Jason não disse uma só palavra e também não sabia ler ou escrever até os 18. Porém, apesar do silêncio exterior, sua mente não estava nada quieta e conseguia observar atentamente o mundo ao seu redor.

Jason sempre teve a mente inquieta e muito questionadora.
Créditos: The Guardian

Por que algumas pessoas são sem-teto? Por que há guerra?”, eram perguntas que assolavam os seus pensamentos. Ser uma pessoa não-verbal durante muito tempo deu a ele espaço para refletir sobre os mistérios da vida e observar as falhas da sociedade.

O que Jason não sabia era que todos esses questionamentos poderiam se tornar lindos frutos! Ali estava nascendo um sociólogo brilhante e que iria trilhar um caminho para tornar o mundo um ligar mais acessível e justo para pessoas marginalizadas como ele.

DESISTIR JAMAIS

Assim, como obra do destino, Jason conheceu Sandro Sandri, um tutor da sua faculdade e que acabou se tornando seu mentor. Assim, o jovem aprendeu a ler e a escrever, se formou em Educação Física e começou a dar aula na sua área.

Mas ainda não era o suficiente. Jason tinha sonhos maiores. Então, aos 22 anos, ele começou a trabalhar em seu primeiro mestrado, produzindo conteúdos acadêmicos e estudando à noite depois de trabalhar como professor o dia todo.

No entanto, os caminhos não estavam totalmente abertos à época para um homem negro e com TEA. Foram anos de rejeição antes que qualquer uma das contribuições acadêmicas de Jason fosse aceita. Mas desistir não estava em seu vocabulário.

PROFESSOR DE CAMBRIDGE

Com o incentivo de Sandro, Jason concluiu dois mestrados e um doutorado dentro da área de estudos educacionais. “Olhando para trás, foi quando eu realmente acreditei em mim mesmo”, afirmou.

Enquanto trabalhava em seu doutorado, Jason estabeleceu uma nova meta para si mesmo: conseguir um emprego trabalhando em Oxford ou Cambridge. Oito anos depois, ele cumpriu sua missão!

Com dois mestrados e um doutorado, Jason dá aulas em Cambridge.
Créditos: divulgação

Em março deste ano, Jason finalmente se tornou professor de Sociologia da Educação na Faculdade de Educação da Universidade de Cambridge. Aos 37 anos, ele é o professor negro mais jovem da história de uma das universidades mais famosas de todos os tempos!

ESPERANÇA PARA O FUTURO

Com uma história de vida linda, Jason tem como objetivo incentivar cada vez mais a representação de minorias étnicas no ensino superior. Segundo ele, Cambridge já está fazendo mudanças significativas, mas ainda há muito a ser feito.

A universidade tem pessoas e recursos incríveis; o desafio é como usamos esse capital para melhorar as coisas para todos e não apenas para alguns”, enfatizou.

Agora, Jason quer trilhar o caminho para mais pessoas como ele.
Créditos: divuldação

Com a esperança de um menino, mas a experiência e maturidade de um homem adulto, Jason tem boas apostas para o futuro. “Se queremos tornar a educação mais inclusiva, as melhores ferramentas que temos são a solidariedade, a compreensão e o amor”, finalizou.

Que incrível, Jason. Você é uma verdadeira inspiração par todo mundo!

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Fonte: Inspiremore.

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