A chave do destino pode estar nos acontecimentos mais imprevisíveis

Como numa boa trama, eis a história de uma mulher com câncer e amnesia que reencontra sua família.

História boa é a que está por vir, então escuta essa:

“Uma mulher é encontrada à beira da morte numa esquina, esquecida de si e de onde está. Não sabe quem é, tampouco seu nome. Acha que é ‘Sam’. Só isso.”

Uma premissa dessas um roteirista de cinema poderia fazer um drama do qual verter lágrimas e muita torcida na plateia.

Mas essa história é real. Não só tem aquela premissa, como uma personagem com nome e sobrenome.

Essa senhora se redescobriu de uma forma inusitada

A verdadeira história

A Sra. Ashley Manetta foi achada por bombeiros numa esquina em Carlsbad na California (EUA). Sua situação era aquela descrita mais acima: não sabia quem era, o que estava acontecendo e achava que se chamava “Sam”.

Levaram-na para um hospital onde acabou sendo diagnosticada com câncer no ovário em estágio 3. Os médicos concluiram inclusive a causa da amnesia de Ashley: os próprios anticorpos do tumor. Tinham sido eles os responsáveis pela confusão mental da mulher.

Quando se pensa que se sabe de tudo um pouco vem essa de descobrir que anticorpos de um tumor cancerígeno podem ter efeitos impressionantes na consciência de um doente

Ashley no hospital

Entra em cena uma Rede Social

Foi com a foto de Ashley (acima) tirada no hospital que algumas pessoas que ali trabalhavam resolveram postar no Facebook. E, como quem conta um conto aumenta um ponto, a história da mulher rodou a rede social e chegou ao conhecimento do repórter Steven Luke, da NBC 7 em San Diego.

Em seu perfil no Facebook, Steve postou fotos de Ashley, que foram compartilhadas milhares de vezes por outras pessoas.

Veja só como uma rede social poderosa pode revolucionar a comunicação e alcançar aquilo que parece inalcançável

Postagem no Facebook de Steven Luke divulgando Ashley para o mundo

O ponto chave de toda boa história

Se toda boa história é a que está por vir, convém saber que uma vez que ela exista é preciso que haja certos elementos para torná-la ainda mais interessante e original.

No caso em foco foi o reconhecimento  ou o aparecimento de alguma coisa que ainda não havia aparecido na história. Você faz ideia do que foi?

O sobrinho de Ashley viu as fotos postadas por Steven no Facebook e reconheceu a tia!

Quer dizer, ele estava naquele exato momento disponível para achar as fotos de sua tia no Facebook porque estava conectado naquele instante da postagem, etc. Coincidência?

Se foi uma coisa é certa: tudo se encaixou de forma impressionante. É como ver o destino sendo costurado por fatos que qualquer roteirista gosta de escrever.

O equívoco

Outro detalhe impressiona nessa história: Ashley pensava ser “Sam”. Quer dizer, o equívoco do nome ou pessoa estava plantado nesse “roteiro”.

Só para elucidar, “equívoco” ou “mal entendido” é um móvel dramático usado nas histórias cômicas, justamente para explorar o cômico que há no mal entendido.

Mas na história de  Ashley ela pensava ser “Sam”, uma australiana. E isso deu uma cor mais policialesca à história, fazendo com que ela entrasse na lista de pessoas desaparecidas da Austrália e também nos registros policiais da Interpool.

A doença de Ashley, na realidade, acabou ficando em segundo plano devido à repercussão do seu caso

O caso de “Sam” nos registros da Interpool

O ponto culminante

Mas mesmo sabendo que a história de Ashley não é um roteiro de cinema, há um ponto culminante: o reencontro dela com sua família.

Depois do reconhecimento do sobrinho junto ao FBI de sua tia, Ashley reviu seus familiares. Estar junto novamente depois de todos esses acontecimentos trouxe um pouco de paz para todos eles. E, claro, para ela especialmente.

Ashley, que na realidade nasceu no Estado da Pensivalnia e que tem vivido no sul da Califórnia nos últimos anos, retomou a quimioterapia para se tratar de sua doença.

A família disse que talvez o equívoco do nome e do lugar onde Ashley pensava ter e vir respectivamente talvez se deva ao fato de ela ter um histórico de viajante e também porque a tinham perdido quando de sua mudança para o sul da California em 2013.

Ashley finalmente na casa de familiares

Final feliz apesar de tudo

O objetivo certamente agora é pela cura da doença de Ashley.

Mas vale lembrar que foi o câncer que trouxe a amnesia e a confusão mental nessa simpática senhora, que, finalmente, pôde sentar e redescobrir quem era e o que está de fato acontecendo com ela.

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Nós, aqui da “plateia”, estaremos torcendo por ela.

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