No meio da tragédia, uma solidariedade que inspira e comove. O chef Eudes Assis, proprietário de um restaurante na cidade de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, decidiu ajudar as pessoas afetadas pelas fortes chuvas na região. Ele está produzindo 10 mil marmitas por dia para doar a quem tanto precisa.
Liderando uma equipe de 200 pessoas na produção das marmitas, Eudes ainda organizou uma vaquinha solidária que já arrecadou mais de R$ 1 milhão. Todos os recursos serão destinados às famílias que perderam suas casas nas fortes chuvas – que já deixaram mais de 50 mortes.
Em entrevista ao Metrópoles, Eudes explicou que a situação ainda é muito complicada e triste. “Não está fácil, a ficha vai caindo. A situação não amenizou. Quem está na linha de frente, como o pessoal da Defesa Civil, e segue reirando os corpos soterrados, está bem abalado emocionalmente.”
Te interessa?
Logo que a cidade foi arrasada pelas chuvas, Eudes sentiu que precisava fazer algo. Por isso, anunciou nas redes sociais que fecharia o seu restaurante e que toda a produção de refeições seria para alimentar pessoas desabrigadas e profissionais envolvidos no resgate – como forma de doação, é claro.
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No entanto, quando chegou ao seu restaurante, Eudes viu uma situação crítica: a lama invadiu o estabelecimento, que também estava sem água e luz. Logo, seria impossível preparar as refeições ali. A solução foi usar a cozinha do Projeto Buscapé, uma ONG da qual o chef é vice-presidente e que atende pessoas em situação de vulnerabilidade.
“Consegui chegar ao Projeto Buscapé com muita dificuldade, de bicicleta, com lama por todo o trajeto e a sensação de que o morro iria cair em cima de mim. Mas minha vontade de ajudar é muito maior do que qualquer medo e o risco que eu estava correndo. Nesse primeiro dia, as pessoas começaram a chegar com pacote de arroz, pedaço de carne e outros itens. Chamei uns amigos motoboys, porque só era possível se locomover de moto na região. A gente conseguiu fazer e entregar 800 marmitas.”
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Muita vontade de ajudar
À medida que mais voluntários foram chegando, Eudes conseguiu aumentar a produção para 10 mil marmitas diárias. São 200 pessoas se revezando em grupos de 20 para levar comida a quem tem fome e que, muitas vezes, perdeu, em questão de instantes, uma casa que levou anos para construir e ficou apenas com a roupa do corpo.
Parabéns ao chef Eudes e a todos que estão nessa corrente solidária. A situação no litoral norte de São Paulo, especialmente na cidade de São Sebastião, ainda é muito difícil.
Se você tem condições de ajudar, confira o post que fizemos sobre as maneiras de doar e contribuir com o trabalho de ONGs, voluntários e órgãos públicos.
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Fonte: Metrópoles
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.
