
Não é de hoje que as múmias são objeto de fascínio da humanidade, despertando a atenção de vários cientistas mundo afora. A novidade é que especialistas conseguirem reconstruir digitalmente o rosto da primeira múmia grávida que se tem registro, uma mulher egípcia que viveu no século 1 a.C.
Para essa reconstrução, os pesquisadores do Projeto Múmia de Varsóvia, da Polônia, usaram estatística, tecnologia e aproximações artísticas. Eles escanearam a múmia por tomografia computadorizada e raios-x, criando uma espécie de autópsia virtual que permitia visualizar o interior do corpo. A partir daí, chegaram a 2 hipóteses de faciais – ou seja, duas possibilidades de como ela se pareceria na época em que viveu.

Comparando as imagens, é possível ver algumas semelhanças, como o rosto jovem, a pele escura (ao contrário do que se vê em muitos filmes e desenhos, os egípcios não eram brancos) e os olhos castanhos.
Te interessa?
A múmia tinha sido descoberta no século XIX, e foi doada por um pesquisador polonês para a Universidade de Varsóvia, em 1826. Na época, não sabiam que se tratava de uma mulher e tampouco que estava grávida na hora da morte. Acreditava-se que era um sacerdote masculino.
Os cientistas estimam que a mulher tinha 20 anos quando morreu e o feto que carregava teria cerca de 28 semanas. A causa provável da morte teria sido um câncer.

Uma exposição com as imagens da reconstrução facial da múmia foi aberta no Silesiam Museum, na cidade polonesa de Katowice. Quem quiser ver pessoalmente a reconstituição do rosto de uma mulher que viveu milhares de anos antes de qualquer um de nós terá essa oportunidade até meados de março de 2023.
Avanço da tecnologia
É muito interessante parar para pensar como a tecnologia leva a humanidade a realizar coisas que, há pouco tempo, seria impensável. E não para por aí. O avanço da ciência conseguiu até mesmo fazer uma múmia “falar” ao recriar a voz de um sacerdote egípcio.
A façanha foi feita por cientistas que copiaram o aparelho fonador (conjunto de órgãos responsáveis pela formação da voz humana) no Hospital Geral de Leeds, no Reino Unido. Na posição em que o trato vocal foi mumificado, os pesquisadores conseguiram reproduzir a maneira como aquele indivíduo pronunciaria uma vogal semelhante à letra “e”.
Os cientistas planejam também buscar uma forma de criar palavras inteiras e a voz do sacerdote usando uma simulação por computador. Seria fantástico conhecer a voz de pessoas que viveram antes do surgimento de tecnologias capazes de armazenar e reproduzir sons, como microfones, gravadores, rádios e vídeos.
Toda inovação é bem-vinda, desde que não ressuscitem essas múmias igual nos filmes de terror…
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