Pesquisadores criam colírio que evita a cegueira por diabetes

O medicamento é resultado de uma pesquisa que já dura 20 anos.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), mais de 12 milhões de brasileiros convivem com o diabetes.

Podemos dizer que o número é bastante expressivo e preocupante.

A doença, principalmente quando não tratada de forma adequada, pode causar doenças secundárias sérias, e até a perda da visão.

Para minimizar a cegueira por diabetes, um grupo de pesquisadores das faculdades de Ciências Médicas (FCM) e da Unicamp, desenvolveu um colírio especial.

O medicamento atua no combate à degeneração gradativa da visão das pessoas portadoras do diabetes, a chamada retinopatia diabética.

“A grande vantagem desse achado é o fato de não ser invasivo. Por ser tópico não implica em riscos e cria uma barreira contra as alterações neurodegenerativas que afeta os diabéticos”, explicou Jacqueline Mendonça Lopes de Faria, pesquisadora da FCM.

O colírio que previne a retinopatia diabética é o resultado de uma pesquisa que permanece por mais de 20 anos.

Na verdade, esse foi o tempo que os cientistas levaram para conhecer a fundo o mecanismo de ataque das células nervosas e de irrigação sanguínea na região ocular.

As complicações do diabetes

Jacqueline ainda explicou que as complicações do diabetes ocorrem por causa do excesso de açúcar no sangue, conhecido como hiperglicemia.

O diabetes pode levar a complicações na retina em 40% dos casos.

Os sistemas nervoso e vascular da retina passam a ter alterações progressivas que podem levar a cegueira. Isso ocorre, muitas vezes, justamente no momento em que a pessoa está em idade ativa”, completou a pesquisadora.

A boa notícia tarda, mas não falha!

O tratamento para a retinopatia diabética era realizado de forma invasiva, como a cirurgia, a fotocoagulação com laser e até injeções intravítreas até então.

A criação do colírio significa uma inovação e revolução na cura da cegueira por diabetes.

Os pesquisadores da Unicamp acreditam que, com a chegada do colírio, os tratamentos para outras doenças da visão, como o glaucoma, também possam ser beneficiados.

Cegueira por diabetes: a cura em gotas

Após muitos testes na Unicamp, a eficácia do colírio foi comprovada.

Nos testes iniciais, não foram observados efeitos colaterais e o sistema nervoso da retina foi protegido corretamente.

Porém, antes de chegar às farmácias, o medicamento precisa passar pela fase clínica de testes, utilizando seres humanos.

Isso só deve acontecer quando houver interesse por parte das empresas farmacêuticas em realizar o licenciamento da tecnologia junto à Inova Unicamp, agência de inovação da universidade.

Participantes do estudo

O estudo teve participação da professora Maria Helena Andrade Santana, a pesquisadora Mariana Aparecida Brunini Rosales e a aluna de mestrado Aline Borelli Alonso.

Tudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério de Educação.

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Fonte: terra.com.br

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