Confeiteiro com Síndrome de Down anuncia que vai abrir empresa com equipe 100% composta por pessoas com deficiência

Por enquanto, o maior desafio é conseguir os recursos necessários para abrir o negócio

Imagem: Breno Esaki/Metrópoles

Faça uma reflexão rápida: na empresa em que você trabalha, há quantas pessoas com deficiência na equipe? Provavelmente zero ou, no máximo, uma, não é mesmo? Isso mostra como a inclusão no mercado de trabalho ainda é um desafio no Brasil.

Exemplos como o do Miquéias Meneses dos Santos merecem ser conhecidos por todos: portador de Síndrome de Down, ele quer abrir uma empresa com 100% dos profissionais sendo pessoas com deficiência.

Miquéias tem 37 anos e é apaixonado por fazer bolos e doces. Recentemente, foi destaque na Cocreation Lab DF, que premia projetos de empreendedorismo desenvolvidos na capital federal, onde o Miquéias mora com a família. Sua ideia tem o mote de ser uma cafeteria “exclusiva e inclusiva” ao mesmo tempo.

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O Miquéias é apaixonado pela área de confeitaria (imagem: Breno Esaki/Metrópoles)

“Ela será exclusiva porque não vemos pessoas com deficiência à frente de projetos como esse. Já o ‘inclusiva’ é porque será uma oportunidade de inserir pessoas como eu no mercado de trabalho e na sociedade. Quero ter minha cafeteria em Paris, em todo lugar do mundo”, explicou o confeiteiro e empreendedor, segundo o Metrópoles.

O negócio já tem até nome: “Bolos do Miquéias”. O legal é que o projeto conta com o apoio da família do empreendedor, que abraçou a ideia com muito carinho e empolgação.

Segundo a irmã, Elaine Meneses, a ideia é que outras pessoas com Síndrome de Down, bem como deficiêncial visual, auditiva, física e intelectual, encontram na empresa um espaço que estará disposto a contratá-las.

A ideia é que o Miquéias também ministre cursos profissionalizantes para a equipe (imagem: Breno Esaki/Metrópoles)

Cursos profissionalizantes

Além disso, o Miquéias também pretende dar cursos profissionalizantes para que essas pessoas aprendam uma nova função e tenham mais oportunidades no mercado de trabalho.

O próprio Miquéias aprendeu muito do que sabe hoje em cursos de produção de ovos de Páscoa, confeitaria e panificação. As primeiras vendas da sua produção própria de bolos foi para os amigos, vizinhos e para a equipe médica que o acompanha (recentemente, ele passou por dois transplantes renais que salvaram a sua vida).

A empresa ainda não saiu do papel, mas o Miquéias já está se preparando e compartilhando a ideia com amigos e conhecidos. Por enquanto, o maior desafio é conseguir os recursos necessários para abrir o negócio. No caso de uma cafeteria, é necessário fazer todo um investimento em um espaço próprio ou alugado, comprar utensílios, planejar a decoração, cuidar da parte burocrática, etc.

Uma das alternativas que a família cogita é lançar uma vaquinha online, em que cada pessoa pode doar a quantia que tiver condição – e, com muita gente doando, é possível chegar a um valor maior que permita a abertura do negócio.

Parabéns pelo projeto, Miquéias, e já estamos aqui na torcida para que a inauguração seja em breve. Será incrível ver esse sonho se tornando realidade e tomar um café na sua cafeteria!

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Fonte: Metrópoles

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