16 incríveis casais de lésbicas que deixaram sua marca na história

Isso sim são casais poderosos!

Já vimos por aqui mulheres fortes que fizeram a diferença através da história.

Agora, trazemos uma lista de casais de lésbicas incríveis compilada pelo site Autostraddle.

Para fazer a lista com casais de 1830 a 1970, a editora do site considerou como critério “casal poderoso“, ou seja:

“Relacionamento através do qual ambas as mulheres foram capazes de alcançar maior sucesso profissional, artístico ou relacionado ao serviço por causa da sua relação. Eu me inclinei para casais que realmente fizeram coisas juntas – seja iniciando uma escola, hospedando uma boate, criando serviços sociais para pessoas desfavorecidas ou fazendo filmes.”

Confira:

1. Rebecca Perot e Pastora Rebecca Cox Jackson (1830-1871)

Rebecca Cox Jackson foi criada em uma família Episcopal Metodista Africana, mas se separou da igreja patriarcal para iniciar sua própria pregação religiosa.

Se divorciou do marido por causa do sucesso de sua pregação e viajou pela Pensilvânia e Nova Inglaterra, indo parar em uma comunidade dentro de um grupo liderado por mulheres Shakers (seita religiosa Sociedade Unida dos Crentes na Segunda Aparição de Cristo).

Lá, Rebecca Jackson conheceu Rebecca Perot, com quem se juntou a uma seita dos Watervliet Shakers.

Como as duas mulheres  tinham “visões místicas” com matizes feministas e homoeróticas e muitas vezes apresentavam o outro em contextos divinos, começaram sua própria família de Shakers na Filadélfia, combinando tradições de orações negra femininas com a teologia de Shaker.

Quando Jackson morreu em 1871, Perot renomeou-se “mãe Rebecca Jackson Jr” e assumiu a família Filadélfia.

2. Sallie Holley e Caroline Putnam (1848 – 1917)

Sallie e Caroline se encontraram na Faculdade de Oberlin e tornaram-se agentes da Sociedade Americana Anti-Escravidão logo após a formatura.

Elas viajaram pelo circuito de conferências abolicionistas, muitas vezes junto com a lendária abolicionista e ativista pelos direitos das mulheres Sojourner Truth (1797-1833).

Depois da Guerra Civil, Sallie adquiriu uma propriedade e junto com Caroline, começaram a Escola Holley, que se tornou a primeira casa de assentamento dos Estados Unidos.

Elas operaram o ano todo e dedicaram-se a na luta do direito dos negros ao voto mesmo quando as mulheres brancas ainda não podiam.

Sallie morreu em 1893 e Caroline em 1917, quando então a escola foi designada para um conselho de curadores totalmente negro e continuou operando por décadas.

3. Harriet E. Giles e Sophia B. Packard (1855-1891)

Harriet conheceu Shopia por volta de 1850, quando Harriet estudava na Academia Nova Salem em Nova Salem, em Massachusetts e Sophia era a sua orientadora.

Juntas, seguiram para Atlanta para iniciar uma escola para mulheres negras recentemente libertadas da escravidão.

Sophia foi a primeira presidente da escola, conhecida então como Seminário Batista Feminino de Atlanta e agora como a Faculdade de Spelman, quando abriu suas portas em 1888.

Harriet assumiu a escola após a morte de Sophia em 1891.

4. Ellen Gates Starr e Jane Addams (1877-1892)

Ellen Gates Starr conheceu Jane Addams no Seminário Feminino Rockford em 1877 e foi através de seu relacionamento que Jane teve a confiança necessária para embarcar no projeto Hull House em Chicago.

A Hull House foi parte de um movimento para proporcionar oportunidades sociais e educacionais para as mulheres da classe trabalhadora, a maioria imigrantes recentes, oferecendo aulas de literatura e história, hospedando concertos públicos, fornecendo a assistência à infância e dando palestras livres.

As duas mulheres deram aulas, serviram como parteiras de plantão, resgataram vítimas de violência doméstica e defenderam reformas legislativas que agora são vistas como os primeiros modelos de “bem-estar social”.

5. Edith Anna Somerville e Violet Florence Martin (1887-1915)

A romancista irlandesa Edith co-escreveu quatorze histórias e romances com sua prima/namorada Violet, que usava o pseudônimo de “Martin Ross”.

Os títulos mais populares foram The Real Charlotte e The Experiences of Irish R.M..

Depois da morte de Violet, Edith estava inconsolável e decidiu continuar escrevendo livros com o nome das duas, convencida de que elas estavam se comunicando através de sessões espiritistas.

6. Ethel Mars e Maud Hunt Squire (1894-1954)

As duas artistas americanas se conheceram na Cincinnati Art Academy na década de 1890 e ficaram juntas por 60 anos, vivendo em partes na França e em Provincetown, Massachusetts.

Maud era conhecida por suas ilustrações de livros e gravuras coloridas e Ethel por sua pintura, gravuras e desenhos em madeira.

Elas colaboraram em projetos, como na ilustração do lendário livro infantil Child’s Garden of Verses (O Jardim de Versos da Criança).

7. Mabel Reed e Mary Ellicott Arnold (1894-1963)

Mabel e Mary viveram juntas por cerca de 69 anos, tendo se encontrado na infância em Nova Jersey, e se tornaram proeminentes organizadoras urbanas, filantropas e ativistas sociais.

Elas se dedicaram à City and Suburban Homes Company, que forneceu soluções de habitação para os trabalhadores pobres.

Elas foram amplamente consideradas ativistas sociais e organizadoras, conhecidas por incluir as mulheres nas decisões de moradia do marido e por serem despreocupadas pelos críticos de seu comportamento não convencional.

8. Fannie Johnston e Mattie Edwards Hewitt (1901-1917)

As fotógrafas Fannie e Mattie se conheceram na Exposição Pan-Americana de 1901 na cidade de Buffalo, em Nova Iorque.

Fannie foi pioneira em seu campo como uma das fotógrafas mais bem-sucedidas da América.

Mattie trabalhava como assistente de seu marido, também fotógrafo, de quem se divorciou oficialmente em 1909.

Assim, após oito anos de um caso de amor intenso com Fannie, Mattie partiu com sua amada para Nova Iorque, onde abriram um estúdio de fotografia arquitetônica.

Elas foram encarregadas de fotografar edifícios como a Catedral de São João – O Divino e o Hotel Manhattan.

Em 1917, elas tiveram uma briga enorme e se separaram para sempre.

9. Gertrude Stein e Alice B. Toklas (1907-1946)

Um dos mais respeitados casais lésbicos de todos os tempos, Gertrude Stein foi uma romancista, dramaturga e poeta americana com um estilo não convencional e uma colecionadora de arte modernista.

Ela conheceu Alice, que se tornaria sua “confidente, amante, cozinheira, secretária, musa, editora, crítica e organizadora geral”, no dia em que Alice chegou a Paris. Gertrude se apaixonou de imediato por Alice.

Em 1910, elas abriram um salão em sua casa na 27 rue de Fleurus que hoje é conhecido como um dos pontos de encontro mais influentes na história das artes e literatura, recebendo convidados, como Pablo Picasso, Ernest Hemmingway, James Joyce e as artistas Ethel Marte e Maud Hunt-Squire.

As duas permaneceram juntas até a morte de Gertrude em 1946.

10. Frances Witherspoon e Tracy D. Mygatt (1908-1973)

Frances e Tracy se formaram em 1908 e se comprometeram inteiramente com a paz mundial, o pacifismo, os direitos das mulheres e os direitos civis. Mas o pacifismo sempre foi a paixão número um.

Durante a Primeira Guerra Mundial, elas defenderam as objeções de consciência: Tracy ajudou a organizar a Liga Anti-Alistamento e Frances fundou a primeira organização dos Estados Unidos a apoiar os direitos dos objetores, bem como aqueles perseguidos pela liberdade de expressão, o Bureau of Legal Advice.

O BLA é considerado o precursor da American Civil Liberties Union, que foi fundada pouco depois, e que trabalhou em conjunto com o BLA para causas comuns.

Elas se juntaram ao Partido Socialista em Nova York quando se mudaram para lá em 1913, e ajudaram a organizar abrigos e programas de distribuição de alimentos nas igrejas para os sem-teto.

Inseparáveis por 65 anos, morreram poucas semanas uma da outra.

11. Ethel Collins Dunham e Martha May Eliot (1910-1969)

Martha foi uma jovem obstinada que se recusou a casar, conheceu Ethel, que se sentia sem inspiração pelo estilo de vida de socialite e as duas decidiram estudar medicina juntas.

Elas se formaram médicas na Universidade Johns Hopkins e foram ativas no movimento sufragista local.

Martha assumiu um estudo de raquitismo entre as crianças de baixa renda, o que lançou sua carreira em pediatria comunitária e, em seguida, se tornou diretora do Departamento de Higiene Infantil do Children’s Bureau.

Ethel se tornou uma das primeiras professoras na Faculdade de Medicina de Yale.

O presidente Truman nomeou Martha como chefe do Children’s Bureau e Ethel tornou-se o primeiro membro feminino da Sociedade Americana de Pediatria.

Embora se separassem constantemente por causa de suas realizações, seu relacionamento lhes deu sustento para encarar os desafios da vida juntas.

12. Ethel Williams e Ethel Waters (1910s-1920s)

As duas Ethels se conheceram no Teatro Alhambra no Harlem e se apaixonaram. Ethel Waters era uma cantora popular de blues e Ethel Williams era uma dançarina.

Waters conseguiu que Williams trabalhasse no mesmo cabaré que ela, moraram juntas no Harlem e Waters levou Williams como sua dançarina em sua primeira turnê nacional.

O agente da Waters na Black Swan Records chegou a produzir fofocas sobre Waters, dizendo que o contrato de gravação estipulava ela que não poderia se casar para explicar o motivo da falta de um parceiro.

Eventualmente, Ethel Williams deixou Waters e seu trabalho para se casar com um dançarino chamado Clarence Dotson.

13. Florence Yoch and Lucile Council (1921-1964)

Florence e Lucile foram consideradas “duas das melhores designers de jardins e arquitetas paisagísticas da Califórnia”.

Lucile começou como aprendiz de Florence em sua empresa e, em logo tornou-se sua parceira. Elas projetaram propriedades, parques, cenários de filmes e jardins botânicos.

O livro Landscaping the American dream: the gardens and film sets of Florence Yoch, 1890-1972, documenta os trabalhos das duas paisagistas.

14. Dorothy Arzner e Marion Morgan (1927-1971)

Dorothy Arzner foi a única diretora de cinema bem-sucedida da época de ouro de Hollywood.

Ela conheceu sua amada Marion no set do filme Fashions for Women (1927). Marion Morgan era uma dançarina e coreógrafa que conduzia sua própria trupe.

Elas trabalharam juntas em vários filmes e em 1930, contrataram o arquiteto W.C. Tanner para construir seu lar, casa que teve os jardins projetados por Florence Yoch.

Elas viveram juntas por 40 anos, até a morte de Marion em 1971.

15. Mabel Hampton e Lilian Foster, 1932-1978

Mabel Hampton foi dançarina de estrelas como Moms Mabley e Gladys Bently e viveu abertamente como lésbica.

Com o tempo, ela desistiu da dança e se tornou empregada doméstica da escritora premiada Joan Nestle.

Mabel conheceu Lillian Foster em 1932, e se tornaram inseparáveis ​​até a morte de Lilian, vivendo juntos na rua 169 no Bronx e chamando uma a outra de marido e mulher.

Ativas no movimento dos direitos dos homossexuais, dirigiram seu próprio negócio de lavanderia e trabalharam juntas para coletar e organizar uma grande quantidade de documentos, recortes de jornais, fotografias e livros com temática lésbica.

Quando Joan fundou o Lesbian Herstory Archives em 1974, Mabel se juntou a ela como membro fundador e doou toda a sua coleção de material para Joan como recurso para a comunidade gay e lésbica.

16. Ruth Ellis e Ceceline “Babe” Franklin, 1936 – 1971

Ruth conheceu Ceciline em 1936, e juntas se mudaram para Detroit e lançaram Ellis e Franklin Printing, o que fez Ellis a primeira mulher na cidade a possuir seu próprio negócio de impressão.

Elas compraram uma casa em 1946, que ficou conhecida como o “Gay Spot” (algo como “Ponto Gay”), um local de encontro para a comunidade negra gay e lésbica local.

Elas também hospedaram moradores gays recém-chegados do sul e ajudaram jovens em fase de faculdade.

Desde 1999, o centro de Ruth Ellis em Detroit foi um lugar de refúgio para a juventude LGBT desabrigada.

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Fonte: autostraddle.com

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