Fotógrafo colore fotos que denunciavam o trabalho infantil e resultado é chocante

As fotos são antigas, mas o problema ainda é atual.

Há uma linha muito tênue entre o trabalho que beneficia as crianças, ajudando-as a desenvolver a cognição, coordenação motora, independência, autoconfiança e empatia, e o trabalho escravo.

“Existe um trabalho que beneficia as crianças, e existe um trabalho que traz lucros apenas aos empregadores. O objetivo de empregar crianças não é treiná-las, mas obter altos lucros de seu trabalho”- Lewis Wickes Hine (1874-1940)

Apesar de hoje, em geral, termos um cuidado especial com os pequenos, os termos “infância” e “adolescência” são muito recentes, pode acreditar.

Te interessa?

Ainda hoje, em algumas culturas, meninas de dez anos são obrigadas a se casar com homens bem mais velhos e meninos são treinados para matar.

Por outro lado, em pleno século 21, há grandes empresas em toda parte do mundo que abusam do trabalho infantil, escravizando as crianças e colocando-as em condições precárias de servidão.

Nesse contexto, o fotógrafo Tom Marshall dedicou-se a colorir fotos do sociólogo e fotógrafo americano Lewis Wickes Hine, tiradas com o objetivo de denunciar o trabalho escravo infantil no século passado.

Essas imagens, registradas no início do século 20, retratam a imoralidade do trabalho infantil escondida por décadas nos Estados Unidos.

Durante seu trabalho investigativo, Hine foi ameaçado de morte inúmeras vezes por capatazes das fábricas onde entrava disfarçado de inspetor de incêndio ou fotógrafo industrial para poder flagrar o abuso daquelas empresas.

Com esse trabalho, Tom procura nos conectar com essa realidade, mostrando que atitudes como a de Hine são fundamentais para ajudarmos a melhorar as leis e nos beneficiarmos mutuamente.

Confira:

Johnnie, de 9 anos, em Dunbar, Louisiana, março de 1911.

Michael McNelis, 8 anos, jornaleiro, Filadélfia, junho de 1910.

Este menino acabara de se recuperar do seu segundo ataque de pneumonia e foi encontrado vendendo jornais durante uma grande tempestade.

O homem que “entrevista” o menino é, provavelmente, o assistente de Hine.

Jennie Camillo, 8 anos, colhedora de cranberries, Nova Jersey, 1910.

Hyman Alpert, 12 anos, jornaleiro, Connecticut, março de 1909.

Katrina De Cato (6), Franco Brezoo (11), Maria Attreo (12) e sua irmã Mattie Attreo (5), Nova York, janeiro de 1910.

Um dos mais desprivilegiados, Hull House, Chicago, 1910.

Roland, 11 anos, jornaleiro, Nova Jersey.

Trabalham como adultos, comportam-se como adultos.

Essa foto foi tirada por Hine às 11h do dia 9 de maio de 1910, uma segunda-feira.

Preston, 5 anos, cartunista, Maine, 17 de agosto de 1911.

Hine disse: “Eu o vi no trabalho várias vezes durante o dia, às 7 da manhã, à tarde e às 18h, e ele manteve-se muito empenhado para um trabalhador tão jovem”.

Esta foto final foi tirada alguns anos depois, em 1924.

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