Que talento, que garra, que emoção! A ginasta Rebeca Andrade já tinha enchido o Brasil de alegria ao conquistar uma medalha de ouro e prata nas Olimpíadas de Tóquio e, mais uma vez, chegou ao posto mais alto do mundo. Ela se tornou a primeira brasileira a alcançar o primeiro lugar no individual geral do Mundial Ginástica Artística, disputado em Liverpool, na Inglaterra.
“Foi o trabalho todo da minha equipe multidisciplinar, das meninas. Trabalhamos muito duro. Estou orgulhosa de mim. Sei o quanto trabalho para chegar aqui. Estou muito feliz. Eu não gosto de pensar no que as pessoas estão fazendo, e sim no que tenho que fazer. Na hora da série não preciso inventar nada novo, é algo que treinei, boto minha concentração nisso, respiro fundo e faço a ginástica que eu sei”, disse, segundo o Globo Esporte.
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A apresentação, claro, teve como trilha Baile de Favela¸ a mesma música que Rebeca usou nas Olimpíadas. Antes da nota da atleta sair, brasileiros presentes na arena já gritavam “é campeã!”. Com a vitória, a jovem de 23 anos chega a 3 medalhas em mundiais – na edição passada, tinha sido ouro no salto e prata nas barras assimétricas.
O individual geral que a Rebeca ganhou é considerado a prova mais “nobre” da ginástica. Esse título é normalmente disputado por representantes das potências Estados Unidos, Rússia e Romênia. Mas, nesse ano, as cores verde e amarela subiram ao pódio!
Passado humilde
Além do carisma e do talento, a Rebeca tem uma história de vida que faz com que muitos brasileiros se identifiquem com ela. É uma pessoa que veio de família simples da periferia de Guarulhos (SP), filha de uma empregada doméstica, a Dona Rosa. Rebeca tinha apenas quatro anos quando, por meio de um projeto da Secretaria de Esportes de Guarulhos, entrou na modalidade que a deixaria famosa.
Aos 9 anos, com o apoio da mãe, deixou a casa da família e ficou sob os cuidados da sua treinadora em Curitiba, onde se dedicou à ginástica. Nos dias difíceis, ligava chorando para a Dona Rosa por não conseguir fazer os complicados movimentos.
Rebeca conseguiu separar uma infância humilde, a distância da mãe e as dificuldades do esporte para construir uma carreira vitoriosa no esporte e ser uma das atletas mais admiradas atualmente do Brasil. E, por ter apenas 23 anos, podemos dizer, sem medo de errar, que ainda virão muitos títulos pela frente.
Rebeca, parabéns e vai com tudo, garota! O Brasil inteiro está com você!
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Fonte: Globo Esporte
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.
