Jovem que perdeu fala e movimentos por causa de um AVC se forma em medicina

Uma história inspiradora!

Jovem que perdeu fala e movimentos por causa de um AVC se forma em medicina
Jovem que perdeu fala e movimentos por causa de um AVC se forma em medicina

Até onde vão as suas limitações? Para Elaine Luzia dos Santos, nem mesmo um acidente vascular cerebral (AVC), que a deixou sem os movimentos do pescoço para baixo e a fala, foi capaz de interromper o sonho de se formar em medicina e exercer a profissão.

Natural de Cascavel, Paraná, a jovem de 32 anos sempre foi apaixonada pela área da saúde. Sua primeira faculdade foi Farmácia, na qual se formou em 2009 e exerceu a profissão por quase um ano. Mas a mente inquieta e com sede de conhecimento ainda não estava satisfeita: ela queria cursar medicina.

O sonho foi apoiado pela família e o fruto de tanta dedicação veio com a aprovação em três faculdades públicas. Mas, Elaine escolheu continuar estudando na Universidade Estadual do Oste do Paraná (Unioeste) para ficar perto dos amigos e da família.

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O discurso na colação da formatura foi feito por uma colega de turma e emocionou todos os presentes. “Vocês também são corresponsáveis pelo meu sucesso. Vocês não apenas me acolheram, mas também tomaram parte de si por minha causa. Tenham amor no cuidado com cada paciente, em tudo que vocês fizerem”, disse no discurso de colação de grau, na Universidade Estadual do Oste do Paraná (Unioeste)”, disse a amiga.

Para se comunicar, Elaine usa a soletração, olhando para uma tabela com letras divididas em cinco grupos, de um a cinco, como explica a pedagoga Clarice Palavissini. A profissional foi quem acompanhou a médica durante a graduação e a auxiliou nas aulas teóricas e práticas.

Elaine atende com o auxílio de um colega (Créditos: ACS Unioeste e Arquivo Pessoal)

Em entrevista ao Meio Dia Paraná, Clarice relembrou o empenho de Elaine ao longo do curso. “Dedicada, não gostava de faltar, e se esforçava para estar sempre. Um exemplo para os outros acadêmicos“, afirmou.

DO AVC À VIDA NOVA

O AVC que mudou completamente a vida da jovem aconteceu em 2014, quando ela tinha apenas 26 anos, como explica a cuidadora de Elaine, a enfermeira Isabela Alves. Segundo os profissionais que a atenderam, esse tipo de AVC é muito raro e na maioria dos casos, fatal.

Após passar 30 dias em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), a médica teve alta, mas foi diagnosticada com a síndrome do encarceramento, quando o paciente fica lúcido, porém perde todos os movimentos do corpo e da fala.

SUPERAÇÃO E SONHOS

Um exemplo de superação, Elaine desperta a admiração dos professores, colegas do curso e familiares. De acordo com o irmão, que também é médico, Elaine é uma pessoa incrível. “É difícil descrever, ela é uma pessoa fora de série. Com certeza é uma pessoa muito iluminada que a gente tem a honra de conviver”, afirmou em entrevista ao Meio Dia Paraná.

Créditos: ACS Unioeste e Arquivo Pessoal
Admiração de colegas e professores

Segundo a Unioeste, ela é a primeira pessoa com tetraplegia a se graduar em Medicina no Brasil. Com novos sonhos, Elaine quer seguir a área de radiologia. Rúbia Betânia Boaretto, ex-professora de Elaine, se emociona ao falar da jovem.

“Isso se chama inclusão e é muito bonito porque foi completa. […] A Elaine é inserida em um contexto de ensino com muita naturalidade, como dever ser. […] nada foi feito de modo a facilitar a vida dela, nós inserimos ela, mas nem por isso tornamos as coisas mais fáceis para ela”, disse para o Meio Dia Paraná.

Que história bonita, não é mesmo? A Elaine é uma ótima inspiração para todos nós, pois ela é um exemplo de superação e força! Que todo mundo possa ter a disposição e oportunidades para seguir os seus sonhos.

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Fonte: G1

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