Médica dedica sua vida a combater a Zika e cuidar das crianças com microcefalia

Um lindo trabalho!

Médica inspira ao dedicar vida ao combate conta a Zika e suas sequelas
Médica inspira ao dedicar vida ao combate conta a Zika e suas sequelas

Um acontecimento bem marcante no nosso país foi o surto do vírus da Zika, entre 2015 e 2016. Na época, antes mesmo de todos tomarmos consciência da gravidade do problema, a médica e pesquisadora Adriana Melo ficou espantada com o número de crianças nascendo com microcefalia no Nordeste.

Graças ao seu trabalho, a ciência encontrou o vírus na amostra de duas gestantes, possibilitando que fosse feita a ligação com os casos de microcefalia.

Nesse tipo de anomalia, a cabeça dos recém-nascidos é menor do que o normal. Assim, os indivíduos apresentam problemas no desenvolvimento neuropsicomotor, na visão e audição, além de conviverem com várias outras sequelas.

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Adriana trabalhou na linha de frente do combate ao surto e hoje preside o Ipesq (Instituto Professor Joaquim Amorim Neto) e a ONG Amor Sem Dimensões. As duas instituições ficam em Campina Grande, na Paraíba, e são referência no tratamento da Zika e no acolhimento das vítimas da doença.

Com um lado humano muito forte, Adriana não mede esforços para estar ao lado dos pacientes e fazer o possível para salvar vidas. Características que foram essenciais para o seu trabalho durante o surto.

“Atendemos quase 1.000 grávidas com sintomas. Não tem como esquecer esse momento: as agestantes chegavm chorando, tensas. Escolhi a sexta feira para fazer as ultrassonografias porque tinha o final de semana para estabilizar minha cabeça”

“Lembro de cada caso que eu disse que tinha alteração e que precisávamos de algum exame adicional. Lembro da pergunta que eu não conseguia responder: meu filho vai sobreviver? Minha única opção como médica era pegar na mão e dizer que eu estaria ali”, relembra Adriana, em entrevista ao UOL, que fez uma matéria sobre a médica.

Com o passar do tempo, a ciência foi avançando e a própria Adriana conheceu o caso de uma menina que, mesmo com microcefalia, vinha se desenvolvendo bem. O caso serviu de combustível para ampliar sua luta para convencer o poder público da importância de investir no tratamento das crianças.

Paixão por cuidar das pessoas

Em 2017, fundou a ONG Amor sem Dimensões para dar todo o apoio médico, psicológico e social para as mães e crianças. A organização começou atendendo seis crianças e hoje já são cerca de 100, incluindo dois pequenos da Angola e da Venezuela.

Um trabalho lindo que cresceu muito. Em 2020, por exemplo, a ONG ganhou uma nova sede em Belo Horizonte, Minas Gerais. A pandemia trouxe grandes desafios e muito medo para a Adriana.

Como as crianças sofrem com várias sequelas da Zika e, por isso, têm comorbidades, acabam ficando mais vulneráveis. O que exigiu esforço redobrado da médica conscientização das mães sobre a importância dos cuidados e da vacinação contra a Covid-19.

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Fica aqui registrada a nossa admiração pela Adriana e seu trabalho incansável. Uma legítima heroína que salva vidas e transforma a realidade de várias crianças e famílias. O Brasil se orgulha de uma profissional tão humana, dedicada e resiliente como você!

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