
A maioria de nós tem a ilusão de que elogiar uma criança pela sua inteligência é sempre bom.
— Nossa! O Pedrinho é muito inteligente. Olha como ele faz tudo com facilidade!
Será que é a inteligência da criança que deve ser elogiada nessas ocasiões? Mesmo com boas intenções, elogiar a inteligência repetidas vezes pode não ser muito bom para o Pedrinho.
Pelo menos é isso que aponta diversos estudos sobre os efeitos de elogios em crianças. A professora Carol Dweck conduziu um estudo nos Estados Unidos com mais de 400 crianças da 5ª série que desafiava meninos e meninas a fazer um quebra-cabeças relativamente fácil.
No fim alguns eram elogiados pela sua inteligência: “Você foi muito esperto!”

Fonte: updateordie.com.
Já outros eram elogiados pelo seu esforço: “Você se empenhou pra valer!”

Fonte: huffpost.com.
Depois numa segunda etapa, mais difícil, os alunos podiam escolher entre um desafio semelhante ou diferente.
A maioria dos que foram elogiados como “inteligentes” escolheu o desafio semelhante.
A maioria dos que foram elogiados como “esforçados” escolheu o desafio diferente.
A influência de apenas uma frase. Imagine passar a infância ouvindo “como é inteligente”.
Ainda segundo a professora, esses resultados explicam dois tipos de mentalidades comuns em adultos. A mentalidade fixa e a mentalidade de crescimento.
Clique no infográfico abaixo para ver em tamanho maior.

Original: huffpost.com.
Por favor, não vá entender que as crianças não devem ser elogiadas. A questão aqui é como elogia-las, como dar valor para as coisas certas que as crianças fazem de bom desde cedo.
O tema gera discussões. O que você achou da pesquisa?
A publicação acima foi feita a partir dessa outra no Update or Die. Carol Dweck escreveu um livro sobre o assunto, caso você tenha se interessado “Mindset: The New Psychology of Success“.
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