Você sabia que as lagostas não envelhecem? Afinal, por que nós envelhecemos?

Sobre envelhecimento e longevidade. Um vídeo interessante.

Dez mil anos atrás, a média de vida do ser humano chegava a pouco mais de 30 anos.

Cem anos atrás, esse número subiu para 50.

E, se você nasceu nas últimas décadas do mundo moderno, sua expectativa de vida chega aos 80 anos.

Isto é, a expectativa de vida atual é de 80 anos, partindo do pressuposto que nenhuma grande descoberta científica será feita durante o tempo em que você estiver vivo que possa desacelerar ainda mais o processo do envelhecimento.

No entanto, isso pode não ser uma coisa boa.

Como ficamos velhos?

O apresentador Derek Muller foi visitar o Centro de Pesquisas Globais da GE, que fica em Nova York, para conversar com especialistas, como a Cientista-Diretora Dra. Fiona Ginty.

O envelhecimento não é classificado como uma doença, como o diabetes, o Mal de Alzheimer, doenças cardíacas. Porém, é possível conectar o envelhecimento como causa desses males.

É estranho ter essa percepção sobre o envelhecimento, uma vez que ele é um processo natural que todos os humanos sofrem desde o seu primeiro dia de vida.

Mais estranho ainda é pensar que, por um tempo, envelhecer é ótimo para nós: ele nos deixa mais fortes, rápidos, maiores, mais inteligentes, etc.

No entanto, em algum ponto de sua vida, isso se reverte e o envelhecimento faz com que nossos corpos entrem em decadência.

Por que isso acontece?

Os cientistas começaram a notar agora que há um mecanismo celular essencial que envolve todo o envelhecimento.

Dra. Fiona admite que as células do nosso corpo envelhecem em nível microscópico, pois há um limite de vezes em que uma célula pode se dividir. Quando ela deixa de realizar essa função essencial, ela envelhece e, eventualmente, morre.

Quem descobriu esse comportamento “limitado” das células foi um biólogo chamado Hayflick. De acordo com sua descoberta, a média de vezes que uma célula consegue se dividir é 50.

Após atingir esse número, a célula deixa de se dividir, mas continua a existir por um tempo em nossos corpos. É o acúmulo dessas células que não se dividem mais que causa o envelhecimento.

É como se as células tivessem um timer dentro delas que dispara e avisa que elas têm que parar.

Como as células sabem quando parar? E o que é esse timer?

Cientificamente falando, os telômeros são estruturas formadas por fileiras repetidas de proteínas e DNA que formam as extremidades dos cromossomos.

Trocando em miúdos, você pode imaginar os telômeros como sendo aquela pontinha de plástico que existe nos cadarços de tênis e que têm a função de não permitir que o cadarço se desfaça.

É exatamente isso que um telômeros faz: ele impede que a estrutura do cromossomo se desorganize e que fiquem grudados em outros cromossomos.

Cada vez que uma célula se divide, ela perde um pedacinho do telômero. Quando não há mais telômero, a célula para de se dividir e fica ali, com a sua pontinha toda desfeita, igualzinho a um cadarço.

Portanto, é o telômero que indica quantas vezes uma célula já foi dividida e o quanto ainda poderá se dividir. O telômero é o timer celular.

Mas há hacks para deixar o telômero mais comprido ou, pelo menos, retardar a divisão da célula impossibilitando que o telômero fique mais curto?

De acordo com a Dra. Fiona Ginty, telômeros mais compridos foram associados à estilos de vida mais saudáveis: as pessoas que se exercitam e têm uma alimentação mais balanceada conseguem retardar o envelhecimento.

E você aí pensando que conseguiria escapar da atividade física e de uma boa alimentação, né?

Pensando de forma mais global, é mesmo possível encontrar uma maneira de fazer com que os telômeros parem de se encurtar e as células viverem para sempre?

Dra. Fiona explica que há uma enzima, a telomerase, envolvida que reconstrói o telômero cada vez que ele se encurta e que retarda ao máximo a chegada dele ao ponto final.

Aí que essa história ganha mais um personagem: a lagosta.

lagosta

Derek Muller nos mostra que a lagosta, ao contrário de nós, frágeis seres humanos, fica cada vez maior e mais forte conforme envelhece.

Por que isso acontece? Porque os cromossomos da lagosta não mudam. Eles têm telômeros mais compridos e que não encurtam. Por isso, a lagosta só morre quando é comida por outro animal, tipo o homem.

E se nos tornássemos lagostas?

É aí que a coisa se complica para nós, humanos. De acordo com a Dra. Ginty, as células do câncer são um exemplo perfeito de células com telômeros longos que podem se dividir para sempre.

Esse é exatamente o problema do câncer: suas células não param de se dividir e não morrem! Por isso, o encolhimento dos telômeros é uma boa notícia. Se eles fossem imortais, se tornariam cancerígenos.

Nos últimos 100 anos os avanços na medicina permitiram que a média de vida do ser humano aumentasse de uma forma que ninguém imaginava.

A esperança é que, nos próximos 100, mais avanços tragam resultados ainda mais incríveis.

Clique no play para ver a entrevista com a Dra. Fiona Ginty. Não se esqueça de ativar as legendas no menu do vídeo.

Veja o vídeo no YouTube.

Fonte: Notey.com

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