Primeiro homossexual assumido do Catar é símbolo de resistência e luta para a comunidade LGBTQIA+ no país da Copa de 2022

Viva o amor em todas as suas formas!

A Copa do Mundo é muito mais do que um simples campeonato internacional de futebol. Por reunir diversos países, com diferentes culturas e histórias, essa competição joga luz a temas diversos. A edição de 2022, que acontece no Catar, trouxe à tona um tema espinhoso para o país: o preconceito violento contra membros da comunidade LGBTQIA+.

Considerado o primeiro gay assumido do Catar, o médico Nasser Mohamed, aproveitou o momento em que todos os olhares estão voltados para o seu país natal para divulgar a situação delicada que a sua comunidade enfrenta nos emirados árabes, além de provar que a diversidade também existe no Oriente Médio.

Para ser honesto, no Catar, muitas pessoas nem sabem o que ser LGBTQ+ é de fato, não sabem o que significa, apenas enxergam como sendo algo do mal”, explicou em entrevista ao G1.

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Através do seu Instagram, Nasser tenta levar conhecimento sobre o que acontece em países onde diversas violências são cometidas em nome de um Estado religioso repressor e que não aceita as diferentes existências que fazem parte de qualquer nação.

Em 2020, a cidade onde o médico nasceu, Doha, garantiu que durante a Copa torcedores LGBTQIA+ seriam recebidos de braços abertos. No entanto, a mesma cordialidade não existe para os moradores do emirado que fazem parte da comunidade – na verdade, no Catar é adotada uma lei na qual a homossexualidade é punível com a pena de morte.

Após a manifestação de Doha, Nasser decidiu assumir sua sexualidade publicamente, pois de acordo com ele, a narrativa de que pessoas LGBTQIA+ existem apenas no Ocidente é algo que precisa ser mudado. A atitude corajosa do médico foi um dos pontapés para se iniciar uma discussão sobre o país até então desconhecida para o resto do mundo.

AJUDA DO BRASIL

A mudança completa de vida de Nasser tem ajudado muitas pessoas do Catar a se pronunciarem e compartilharem as suas histórias com o rapaz. Além disso, ele também ajudou a fundar a primeira instituição de caridade LGBTQIA+, a Alwan Foundation.

Recentemente, ele compartilhou um print de uma série de tweets da cantora Ludmila pedindo ajuda aos brasileiros para que ajudassem a organização.

Ok Brasil eu preciso da sua voz! Desde que me assumi, tenho trazido as vozes de pessoas LGBT do Catar para diferentes organizações para documentar nossas histórias. O relatório da Human Rights Watch é um exemplo. Também navegamos pedindo asilo por conta própria. Comecei nossa primeira instituição de caridade lgbt, Alwan Foundation, para ajudar a nos ajudar a ficar em segurança e dar visibilidade ao abuso que acontece conosco. Por favor, ajude dizendo a Ludmilla que nossa instituição de caridade deve ser selecionada este ano para apoio. Somos os mais impactados por esta Copa do Mundo”, escreveu.

O post recebeu apoio de diversas pessoas aqui do Brasil, inclusive do ator Bruno Gagliasso, que também compartilhou um vídeo de Nasser em seu Instagram.

DIAS MELHORES VIRÃO

Atualmente, o médico vive como exilado político nos EUA, onde trabalha e mora com seu namorado. Apesar das inúmeras dificuldades e ameaças constantes que tem recebido, ele não pensa em parar e consegue ver uma pontada de esperança nisso tudo.

Sair do armário tem sido muito intenso porque eu tenho feito esse ativismo público. Mas também tenho falado com funcionários de diferentes governos que se interessam em entender o assunto”, explicou.

No fim, amor é amor e todas as suas formas devem ser respeitadas!

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Fonte: G1

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