Professor cria curso de inglês inovador para pessoas surdas: ‘a educação dita o futuro’

Futuramente, os planos são de adaptar as aulas para pessoas com deficiência visual

Aprender inglês é o desejo de muitas pessoas – e não é por menos, já que o idioma é essencial para inúmeras áreas. Mas você já parou para pensar como pessoas com deficiência auditiva aprendem inglês? O professor e empresário Robson Leandro não só pensou nisso, mas foi além e lançou um curso adaptado para esse público.

Nascido na Angola, o Robson vem de uma família humilde de oito irmãos. Mesmo sem formação na área, começou sua carreira como professor autodidata em Luanda, sua cidade natal. Na época, ele já se identificava com a missão de levar o ensino do inglês a mais pessoas.

Robson Leandro é o fundador da Unmaze, plataforma de ensino que conecta professores e alunos (imagem: Arquivo Pessoal/Alma Preta)

O Robson deixou o seu país natal e veio morar no Brasil, onde fundou a Unmaze, uma plataforma que conecta professores de inglês que trabalham por conta própria com alunos interessados em estudar o idioma. “Unmaze vem de descomplicar. ‘Maze’ vem de labirinto, uma coisa difícil de pôr em prática e o ‘Un’ vêm de oposto de alguma coisa”, explicou o Robson, segundo o Terra.

Te interessa?

E foi justamente na Unmaze que ele criou esse projeto incrível no qual professores de libras dão aulas gratuitas a pessoas surdas de baixa renda. O começo foi com apenas um aluno surdo e uma intérprete de libras e professora em Letras-Inglês. A iniciativa foi crescendo e hoje já atende mais de dez alunos com bolsa integral e três profissionais especializados. Se contarmos o total de toda a plataforma, são 38 professores e mais de 300 alunos.

Registro de uma das aulas de inglês adaptadas para pessoas com deficiência auditiva (imagem: divulgação Unmaze/UOL)

Método de ensino

“Eu queria [ensinar] sempre com isso na cabeça de que todo mundo tem que ter a oportunidade porque eu sei como o inglês muda a vida das pessoas, inclusive pessoas que têm maior dificuldade não só pela cor da pele, mas também por uma deficiência. Para mim, a educação dita o futuro das pessoas.”

No caso dos alunos com deficiência auditiva, o Robson precisou adaptar um método que já utilizava como professor: fazer uma associação das imagens com as palavras.

“Se eu falo ‘África’, você vai reproduzir a imagem, se eu te falar ‘Cristo Redentor’, vai aparecer a imagem na sua cabeça… e é assim que o nosso cérebro funciona. É o uso de imagens para aprendizado e eu comecei a chamar isso de ‘This Way’ (‘Desse jeito’, em tradução livre) porque era a forma como eu ensinava e também mostrava um caminho mais fácil de se aprender inglês“, explica.

O objetivo agora é expandir esse método e fazer com que as aulas adaptadas cheguem a mais alunos. Futuramente, ele também tem planos de adaptar as aulas para pessoas com deficiência visual.

Um belo exemplo de inclusão e acessibilidade na educação. Parabéns ao Robson pela iniciativa e muito sucesso no seu empreendimento!

Se você ficou curioso e quer saber mais sobre a Unmaze, clique aqui para acessar o site.

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Fonte: Terra

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