Se tem uma coisa que muda a vida de alguém, é a arte. Não necessariamente arte erudita, mas toda forma de manifestação cultural que impacte e dê voz para as pessoas. Essa é uma característica forte do Favela Soul, projeto feito para artistas da periferia de Maceió, capital do estado de Alagoas.
“A Favela Soul, antes de mais nada, é um grupo de amigos que tem o hip hop como instrumento principal da nossa música e da nossa arte”, explica MC Tribo, um dos idealizadores do projeto, de acordo com a Agência de Notícias das Favelas.
O músico explica que o grupo leva música e cultura a comunidades, escolas e instituições. Entre as ações, estão a distribuição de alimentos e realização de eventos para artistas locais se apresentarem.
Te interessa?
Afinal, muitos têm talento de sobra ou vontade de aprender, mas não encontram portas abertas – o setor de cultura e entretenimento ainda é muito difícil de entrar, principalmente para quem vem de comunidades.
A principal influência do grupo vem da soul music e do funk dos anos 60. Na ativa desde 2010, levam um pouco da sua realidade que vivem para as suas letras.
“A gente se juntou com o intuito de passar uma mensagem enquanto moradores da periferia, uma mensagem de luta, de resistência, através de nosso som, de nosso ‘groove’. Uma boa música unida a uma boa crítica, a uma boa letra, consciente, sabendo quem nós somos e tentando adentrar esse espaço da música alagoana. É pra tocar a alma. Quando você faz com que o sujeito se entenda atualmente no cotidiano, ele vai cortar a alma dele, porque vai se enxergar. Quando a gente coloca nosso ponto de vista, as pessoas vão entender do que se trata. É uma mensagem de luta”, contou o vocalista Nando Rozendo ao G1.
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Bons exemplos
É legal ver também como outras iniciativas voluntárias estarão levando novas oportunidades para pessoas carentes na comunidade. Há pouco tempo, falamos aqui no Awebic sobre o projeto da Confederação Brasileira de Futevôlei que leva a prática dessa modalidade tão popular para favelas do Brasil inteiro.
Serão beneficiados 2 mil atletas (900 adolescentes de 14 a 17 anos e 1.100 de 18 a 23 anos) em 300 comunidades. Mais do que a diversão do esporte, um grande impacto social, aprendizado e oportunidade de formação para a juventude. Quem sabe dali não saem grandes campeões?
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.
