O estudo mais longo sobre felicidade revela os 3 segredos para ser feliz

Agora não parece tão complicado.

A felicidade é, provavelmente, o objetivo de vida da maior parte das pessoas. Mas é, também, uma das coisas mais difíceis de serem estudadas.

Isto porque a felicidade é um conceito subjetivo: cada pessoa entende felicidade do seu jeito.

Por isso, é impossível estabelecer um parâmetro comparativo para a realização de um estudo sobre o assunto.

No entanto, o psiquiatra Robert Waldinger, diretor do Harvard Study of Adult Development (Estudo de Desenvolvimento Adulto de Harvard), conseguiu mapear e descrever alguns dos segredos da felicidade baseado nos resultados desse estudo.

Entenda como isso foi possível.

O Estudo de Desenvolvimento Adulto de Harvard

A finalidade desse estudo era estudar a vida humana conforme ela acontece, ou seja, em tempo real.

Setecentos e vinte e quatro homens foram selecionados e tiveram suas vidas acompanhadas por pesquisadores da adolescência até hoje.

As pessoas pesquisadas são:

  • 268 alunos de Harvard como parte do Estudo Grant, conduzido pelo psiquiatra de Harvard George Vaillant.
  • 452 meninos de 12 a 16 anos que cresceram na cidade de Boston como parte do Estudo Glueck, conduzido pelo professor da Faculdade de Direito de Harvard, Sheldon Glueck.

Ano após ano, os pesquisadores coletavam informações sobre seus trabalhos, suas vidas domésticas, seus estados de saúdes sem ter a mínima ideia dos desfechos de suas histórias de vidas.

Por que esse estudo é importante

Nenhum estudo tão completo e tão longo sobre a felicidade foi realizado antes.

A maior parte desses projetos de pesquisa dura, no máximo, 10 anos. Além disso, tais projetos acabam sendo cancelados por falta de investimento, por desistência das pessoas que participam deles ou por desinteresse (ou falecimento) dos pesquisadores.

Sessenta por cento dos 724 homens selecionados para o estudo de Harvard ainda estão vivos, na casa dos 90 anos, e participando do projeto!

Os pesquisadores, agora, estão começando a focar nos mais de 2000 filhos desses homens. É um material humano riquíssimo que abrirá espaço para muitas inovações na área.

O resultado: três lições valiosas

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A maior descoberta que esse estudo tão longo proporcionou foi que bons relacionamentos nos deixam mais felizes e mais saudáveis.

Porém, em sua palestra para o TED Talk, Waldinger apontou três lições para que consigamos alcançar a felicidade real.

Confira:

1. Relacionamentos próximos.

Os homens dos dois grupos de estudo que relataram ser próximos às suas famílias, amigos ou comunidade tinham a tendência a serem mais felizes e mais saudáveis que seus companheiros menos sociais.

Eles também tendem a viver mais.

Em comparação, as pessoas que afirmaram ser sozinhas relataram que se sentem menos felizes. Elas também tiveram pior saúde mental e física, como definido acima.

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Em 2014, vários estudos publicados no jornal Social and Personality Psychology Compass (Bússola da Personalidade Psicológica e Social) sugeriu que a solidão pode prejudicar o bom funcionamento mental, a qualidade do sono, o bem-estar, e que aumenta o risco de doenças e até morte.

2. O importante é a qualidade (e não quantidade) dos relacionamentos.

O importante não é só estar em um relacionamento.

Casais que afirmaram brigar muito e ter pouca afeição pelo outro (o que os autores dos estudos definem como “casamentos de alto conflito”), eram, na verdade, menos felizes que as pessoas que não eram casadas.

No entanto, o efeito da qualidade do relacionamento parece depender de alguma forma da idade.

Um estudo de 2015 publicado no Journal of Psychology and Aging (Jornal da Psicologia e Idade) que acompanhou um grupo de pessoas por 30 anos, descobriu que o número de relacionamentos que as pessoas tinham era, na verdade, mais importante para as pessoas na faixa dos 20 anos.

Porém, a qualidade dos relacionamentos tinha um efeito social e de bem-estar psicológico maior quando as pessoas estavam na faixa dos 30 anos.

3. Casamentos estáveis e de apoio mútuo

Estar socialmente conectado aos outros não é bom só para nossa saúde física. Isso também ajuda a adiar o declínio da capacidade mental.

As pessoas casadas que não haviam passado por um divórcio, separação, ou que não tiveram “problemas sérios” até os 50 anos, tiveram um melhor desempenho nos testes de memória nessa idade do que aqueles que passaram por tudo isso.

Uma outra pesquisa apoia esse resultado. Outro estudo de 2013 no Journal PLOS ONE, apontou que o casamento, entre outros fatores, estava ligado a um risco menor de incapacidade cognitiva leve e demência.

Tudo isso sugere que relacionamentos sólidos são críticos para nossa saúde.

A sociedade dá muita importância à riqueza e à dependência de nosso trabalho, afirma Waldinger. “Mas ao longo desses 75 anos, nosso estudo mostrou que as pessoas que passam bem são aquelas que se apoiam em relacionamentos: seja com a família, com amigos ou a comunidade, completa.

Se desejar, clique no play e assista à palestra inteira (está com legenda). Vale muito a pena!

Veja o vídeo no YouTube.

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Fonte: businessinsider.com.

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