Série sobre Síndrome de Down é um tapa na cara da sociedade

Se acontece com tanta gente, por que não comigo?

Dois mil e dezoito.

Século 21.

Passaram-se mais de trinta anos desde que a Síndrome de Down começou a ser descoberta no Brasil e, apesar de muitos pontos positivos em evolução, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que os mais de 300 mil portadores brasileiros (segundo dados do IBGE) possam viver com liberdade, independência e, sobretudo, respeito.

E é exatamente isso que a ONG Movimento Down busca: ver cada vez mais portadores Downs vivendo plenamente felizes.

Neste contexto é que entra o careca mais querido do Brasil: o médico Dráuzio Varella, que em parceria com o tricampeão mundial de Judô, Breno Viola, volta às telinhas da rede Globo com a série “Qual é a diferença?”, que desmistifica detalhadamente os mistérios que ainda rodeiam a temática da Síndrome de Down.

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Foto: TV Globo/Estevam Avellar.

Mas, afinal de contas, o que é a Síndrome de Down?

Esta síndrome pode afetar qualquer pessoa que tenha seu código genético modificado no momento da formação do embrião.

Na grande maioria das vezes, quando fecundada, cada célula se funde em uma união de 23 cromossomos da mãe e outros 23 do pai, totalizando 46. O que acontece na Down é um acidente que cria um cromossomo a mais, triplicando o cromossomo 21, ao invés de somente duplicá-lo.

Veja o que fala o especialista sobre o assunto:

A probabilidade de isso acontecer aumenta conforme a idade da mãe. Aos 25 anos, é de uma em mil gestações. Aos 40 anos, de uma em cem. Se a mulher tem mais de 45 anos, a chance de ter um bebê com Down sobe pra uma em cada dez gestações.

Se acontece com tanta gente, por que não comigo?

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Foto: TV Globo/Reprodução.

Diante do preconceito enraizado que se arrasta desde a década de 1980, quando os portadores da síndrome eram tratados como mongoloides (pessoas incapacitadas, ditas “mongas”), muitos pais que recebem a notícia sobre a síndrome do filho reagem de maneira negativa: Por que comigo?

Dráuzio, em contrapartida, lança o questionamento oposto: “Se acontece com tanta gente, por que não comigo?”, enquanto traz à tona diversas histórias emocionantes de famílias e portadores da síndrome que provaram que muitas crenças a respeito desta modificação genética (como a expectativa de vida de apenas 30 anos) são apenas mitos e que elas vivem muito bem, obrigada.

Como dar a notícia?

Como vocês poderão ver na série, com visualização acessível neste link aqui, Dráuzio deixa bem claro que a maneira como a notícia é dada faz toda a diferença na reação da família e, consequentemente, na recepção do seu novo integrante.

É preciso tato, sensibilidade, humanidade e, principalmente, respeito.

Afinal de contas, a Síndrome de Down já deixou de ser impedimento para uma vida de qualidade há muito tempo. Prova disso é o próprio Breno, que além de tricampeão mundial de Judô, também já atuou no filme brasileiro “Colegas” (2012) e também a pequena Connie-Rose Seabourn que com apenas dois anos de idade já é modelo.

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Conie modela desde os dois anos de idade.

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Breno é, desde criança, um exemplo de perseverança.

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Breno Viola: tricampeão mundial de Judô.

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Breno estrela o filme brasileiro “Colegas”, em 2012.

Qual é a diferença?

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Dráuzio e Breno em “Qual é a diferença?“. Foto: TV Globo/Estevam Avellar.

O grande toque especial desta série, que estreou no início de agosto (2015) é, definitivamente, provar que não há diferença entre os 300 mil portadores da Síndrome de Down e todo o restante da população brasileira.

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Foto: TV Globo/Estevam Avellar.

Nós só precisamos nos informar melhor, mantendo os olhos e o coração abertos para entender as peculiaridades do Down, respeitar o seu tempo e amá-lo incondicionalmente.

Afinal de contas, quando disseram que é preciso “amar ao próximo como a ti mesmo” ninguém mencionou sobre escolhê-lo, não é mesmo?

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