Surreal: médicos fazem nariz ‘crescer’ no braço de paciente e colocam o órgão em seu rosto

Inovações como essa são muito bem-vindas e podem revolucionar a medicina

Este é aquele tipo de notícia que parece até fake news de grupo de WhatsApp, mas aconteceu de verdade. Na França, uma paciente teve um nariz cultivado em seu próprio braço e depois transplantado para o seu próprio rosto. Mas como isso foi possível?

Primeiramente, o nariz foi gerado a partir de biomaterial impresso em 3D e pele retirada da têmpora da mulher. Para formar o órgão, a equipe médica levou em conta a aparência que o nariz da paciente tinha antes dela perdê-lo para um câncer.

Em seguida, a estrutura foi inserida em seu antebraço, para que pudesse passar por vascularização (processo de dilatação dos vasos sanguíneos) e crescer. Uma etapa essencial para que o órgão funcionasse corretamente.

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“Esse tipo de reconstrução nunca havia sido realizado em uma área tão frágil e pouco vascularizada”, explicou o hospital (imagem: reprodução/CHU Toulouse)

Após dois meses, em mais um feito incrível da medicina e da ciência, o nariz foi retirado do antebraço e reimplantado no rosto da mulher. O procedimento foi bem-sucedido e os vasos sanguíneos do nariz foram conectados com os da face da paciente. Quem coordenou a cirurgia foram as equipes do Hospital Universitário de Toulouse e do Instituto Claudius Regaud.

No passado, a paciente, cujo nome não foi revelado, já tinha tentando fazer uma reconstrução do nariz usando enxerto de retalho de pele. A operação, no entanto, fracassou e ela passou anos sem o órgão.

Agora, a mulher tem a chance de recuperar a sua qualidade de vida e também autoestima com o nariz no lugar. A equipe médica informou que, depois de 10 dias de hospitalização e três semanas tomando antibióticos, a paciente está indo muito bem.

Inovação

O Instituto de Câncer da Universidade de Toulouse-Oncopole, onde os médicos fizeram a cirurgia, emitiu uma nota ressaltando o pioneirismo do procedimento.

“Esse tipo de reconstrução nunca havia sido realizado em uma área tão frágil e pouco vascularizada e foi possível graças à colaboração das equipes médicas com uma empresa belga, fabricante de dispositivos médicos especializada em reconstrução óssea.”

Inovações como essa são muito bem-vindas e podem revolucionar a medicina. Já imaginou se a mesma técnica for replicada e ajudar os pacientes a receber um órgão muito mais rápido? Quantas vidas não poderiam ser salvas?

Só no Brasil, segundo dados fornecidos pelo Ministério da Saúde em junho de 2022, há mais de 56 mil pessoas esperando por um transplante. Um aumento de 7% em relação ao ano passado. A fila mais longa é a de quem espera por um rim: há 32.481 pacientes na espera.

Esperamos que a mesma técnica usada na França seja aperfeiçoada em outros órgãos e a gente possa ter mais notícias boas como essa nos próximos anos!

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Fonte: UOL

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