Imagine que um amigo te chamou para jogar xadrez. Só que, na hora de distribuir as peças pelo tabuleiro, você o Curupira, o Boitatá, a Mula Sem Cabeça, o boto, o Saci e a Cuca. Parece coisa de ficção? Pois saiba que isso foi desenvolvido na vida real pela designer Ana Beatriz Oliveira como tema de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Tenho essa memória do folclore brasileiro desde pequena, principalmente no jardim de infância e na escola. Lembro de ver muito o Sítio do Picapau Amarelo. Mas o contato foi diminuindo ao passar dos anos. O folclore é um assunto que falamos muito quando pequeno e não tocando mais ao crescer. Eu queria trazer essa valorização da cultura nacional”, explica Ana Beatriz, segundo o jornal Extra.
A designer teve a ideia de desenvolver um tabuleiro de xadrez personalizado após um trabalho no curso de Desenho Industrial no qual precisava desenvolver um boneco em 3D. Ela escolheu a Cuca e ficou pensando em outras formas de explorar a temática.
Te interessa?
Com o objetivo de ajudar no ensino do folclore brasileiro nas escolas, Ana Beatriz desenvolveu o tabuleiro trocando os peões pelo Curupira, as torres pelo Boitatá, os cavalos pela Mula Sem Cabeça, os bispos pelo boto, o rei pelo Saci e a rainha pela Cuca.
Critérios
A escolha dos personagens no lugar de cada peça não foi por acaso. Todos têm um motivo para estar ali. No caso do Curupira, por exemplo, ele está no lugar do peão justamente por ser conhecido como alguém que está na linha de frente na proteção das florestas. A Mula Sem Cabeça foi escolhida por sua semelhança óbvia com o cavalo. Já o rei e a rainha, considerados peças-chave no jogo, ficaram sob responsabilidade dos dois personagens mais icônicos do folclore, o Saci e a Cuca.
Além do kit com as peças, ela desenvolveu também um livreto que traz a história de cada personagem, permitindo que a pessoa vá além do puro lazer e também aprenda.
A Ana Beatriz começou a receber muitas encomendas de jogos depois que o seu trabalho viralizou nas redes sociais. Ela planeja usar uma parte do lucro para doar kits a escolas públicas, o que tem tudo a ver com o seu projeto e com a sua missão de contribuir com a educação e a cultura no nosso país.
E aí, você teria um xadrez desses em casa? Será que você daria xeque-mate no Saci?
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Fonte: Extra
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.
