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As baleias jubarte estão entre os animais mais fascinantes da Terra. Saber que a população da espécie aumentou no litoral do Brasil é uma ótima notícia! O Instituto Baleia Jubarte divulgou que cerca de 25 mil indivíduos passaram pelo nosso país no segundo semestre de 2022 (em 2019, eram 16 mil). É o melhor número em 200 anos, quando foram registrados cerca de 27 mil a 30 mil exemplares. A quantidade de baleias jubarte no litoral brasileiro é quase igual ao total estimado há 200 anos (imagem: Milton Marcondes/Projeto Baleia Jubarte) E olha que interessante: além de toda a importância na conservação da espécie, o dado também tem uma revelância no combate às mudanças climáticas. Mas por que isso? É que as baleias jubarte retém bastante CO₂, considerado um dos maiores vilões do aquecimento global. De acordo com uma estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI) e das universidades de Duke e Notre Dame, uma baleia é capaz de reter cerca de 33 toneladas de gás carbônico durante a vida. Quando ela morre, afunda nos oceanos levando junto todo esse CO₂. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Projeto Baleia Jubarte (@projetobaleiajubarte) "As baleias têm uma importância fundamental para o planeta da mesma forma que as florestas são importantes, porque retêm muito gás carbônico e ajudam a controlar o clima", diz Milton Marcondes, veterinário e coordenador de pesquisa do Projeto Baleia Jubarte, à Folha de São Paulo. O que levou ao aumento da população? O crescimento de exemplares da espécie ao longo dos anos é reflexo da probição da caça, ocorrida em 1966. A título de comparação, na época, a população desses animais foi reduzida a menos de 5%, ficando entre 600 e 800 indivíduos. A situação era tão crítica que nem compensava mais os navios saírem para caçar as baleias, porque as chances de encontrá-las eram muito pequenas e a operação acabava ficando sem retorno financeiro. Outras medidas também ajudaram bastante, como a redução do atropelamento por embarcações (sim, animais marinhos também são atropelados e mortos) e do emalhe acidental na pesca (captura acidental em redes e outros equipamentos usados por pescadores). O foco agora é conciliar a preservação da espécie com a atividade petrolífera, tão importante para a economia do Brasil e que, ao mesmo tempo, exige muitos cuidados. "A gente fez uma recomendação que foi acatada pelo Conama de restringir na Bahia, no Espírito Santo e em Sergipe de julho a novembro, quando as jubartes estão lá, até 500 metros de profundidade", conta Marcondes. Sensacional, não é mesmo? Que a gente tenha cada vez mais baleias jubartes no nosso litoral! Para isso, precisamos de medidas que cuidem do meio ambiente como um todo. Afinal, cuidando da natureza, estamos diretamente preservando espécies tão incríveis como essa! Vida longa às baleias jubarte! Fonte: Folha de São Paulo