Youtuber com síndrome de Down enfatiza 6 coisas que todo mundo deveria respeitar

Vamos desconstruir paradigmas?

Youtuber com síndrome de Down enfatiza 6 coisas que todo mundo deveria respeitar
Youtuber com síndrome de Down enfatiza 6 coisas que todo mundo deveria respeitar

Sendo considerada a primeira a primeira youtuber com síndrome de Down do nosso país, Cailana Eduarda Bauer nos trás ensinamentos importantíssimos. Aos 26 anos e com uma carreira cheia de sucesso, ela nos trás algo a ser pensado bastante em seus conteúdos na plataforma.

Assim como a Cacai, como é conhecida, nos encontramos ao seu lado querendo esclarecer como tudo isso é simples de se levar, e como essa tal diferenciação pode ser extinguida com apenas poucos passos – que mesmo sendo poucos, fará grande diferença para essa mudança.

Todos sabem que a síndrome de Down não é uma doença, é apenas uma condição genética caracterizada por uma alteração do cromossomo 21, que também pode ser chamada de trissomia 21.

Te interessa?

Porém, as pessoas parecem ainda não saber lidar com isso. Como a própria Cacai enfatiza sempre, é possível viver uma vida adulta como qualquer outra pessoa vive. E ainda melhor, essa garota nos mostra sendo um exemplo prático de tudo isso. 

Em uma entrevista feita para a BBC News Brasil, ela chegou a levantar algumas questões que ao nosso ver são tão importantes quanto qualquer outra postura de respeito para com o próximo.

Cacai chega a falar até: “Não gosto quando dizem que não posso fazer algo, como se eu ainda fosse uma criança“. Uma das coisas que achamos simplesmente incrível como isso ainda precisa ser tratado como comum. 

Mas não pense que isso é apenas uma questão a ser levantada como barreira a ser quebrada. A influencer chegou a repassar 6 coisas que devem ser levadas muito a sério em relação aos portadores do Down e que precisam ser eliminados como postura já.

1 – ‘Não somos eternas crianças’

“Quando alguém se aproxima de mim com voz de criança, eu respondo: ‘tá falando com quem? Eu não sou criança!'”

Esse é um dos principais pontos que essa influencer sempre procura abordar. É bastante comum vermos as pessoas mudarem a sua postura e seu modo de falar com pessoas que possuem a síndrome. Mas como chegamos a falar, isso não é nada certo.

Cacai sempre procura levar isso como algo a ser extinguindo. Ela gosta de ser adulta! E não é só ela, lembre-se!

Todos nós passamos pelas grandes mudanças em nossas vidas, passamos por fases que são construídas, abandonadas e substituídas. Victor Martinez, que é psicopedagogo enfatiza que pode haver “certo atraso” em seu desenvolvimento, mas não uma barreira completa.

E diz mais sobre: “Vai haver atraso no sistema neuropsicomotor em, praticamente, todos os casos (da síndrome de Down). Em linhas gerais, essas pessoas vão demorar mais para aprender conceitos que aqueles sem a síndrome aprendem rapidamente”.

2 – ‘Pergunte a mim’

“Quando estamos juntas e as pessoas me perguntam sobre a Cacai, costumo dizer que esses questionamentos devem ser feitos diretamente a ela, não a mim”.

Conta Janaina, mãe da Cacai, sobre ser bastante comum as pessoas sempre se dirigirem primeiro a ela quando querem questionar algo sobre a vida da sua filha. 

Ainda que possa existir algumas perguntas mais elaboradas que ela possa ter certa dificuldade em responder, não significa que as pessoas que são portadoras das síndromes, não saibam responder sobre os seus gostos e quem são.

Porém, tanto a própria Janaina como a própria Cacai, revelam que isso é algo a ser escanteado. Quer saber algo sobre uma pessoa? Primeiramente faça esse questionamento a ela.

E a Cacai ainda completa: “Eu sei responder sobre mim. Em algumas perguntas, a minha mãe pode ter que me ajudar, mas é sempre melhor me perguntar primeiro”.

3 – ‘Posso Namorar’

“Por causa da pandemia, a gente não consegue se encontrar. Conversamos por WhatsApp ou por ligação. Tenho muitas saudades, mas nos falamos diariamente”.

A verdade é que isso é mais comum do que você possa imaginar. Mas da mesma forma que uma pessoa consegue identificar o que o amor e senti-lo na prática, uma pessoa com síndrome de Down também.

Esse é um pensamento ultrapassado que precisa ser atualizado já!

4 – ‘Sei ler e escrever’

“É muito possível que possam aprender. O problema é que muitas pessoas com síndrome de Down não têm acesso a um ensino adequado e adaptado para que possam aprender. Tudo depende de uma construção social que possibilite que a pessoa se desenvolva”

Afirma o psicopedagogo Victor Martinez.

Uma importante questão nesse ponto, é algo que já citamos aqui e que deve seguir em todas as famílias e amigos, sem afunilar essa importante para nenhum dos lados: a importância do apoio.

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Ser uma pessoa apoiadora em todas as questões faz a diferença na vida de algo, e podemos considerar isso como um dos reflexos que mostram que essa pessoa tem um bom coração.

Segundo o próprio Martinez, isso é algo que vem diminuindo em para as pessoas com Down. Ou seja, quando estão na fase adulta, buscam esse mesmo caminho. E isso é algo impactado pelo próprio apoio. Incrível demais!

5 – ‘A gente consegue trabalhar’

“Hoje é o meu trabalho e posso ajudar minha família”.

Cacai é um verdadeiro exemplo para todos nós, ela não enxerga os limites!

Como qualquer outra pessoa que deseja fazer algo, é preciso se aprimorar para se sentir apto ao que deseja fazer. E isso acontece também com quem possui Down. 

Eles são capazes de conseguir aprender o que é necessário para poder trabalhar no que tanto ama e escolheu. Isso de fato não é uma barreira. Não existe esse limite absoluto.

https://www.instagram.com/p/CEStOHRnjcM/

 

6 – ‘Alguns termos do cotidiano são ofensivos’

“São termos que nem sempre são usados com má-intenção. Explicamos para a Cacai que muitos não usam isso por maldade, mas as pessoas precisam entender que essas expressões são ofensivas e não faz mais sentido utilizá-las”

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Fala a mãe da Cacai, a Janaina.

Mesmo lidando com o preconceito vindo de vários lados – principalmente por trabalhar fazendo conteúdos para a internet -, essa influencer incrível já vê como as coisas estão mudando em certos termos pejorativos que ainda são carregados culturalmente.

O que nos resta então, é buscarmos uma desconstrução desses termos que podem parecer inofensivos, mas atingem a qualquer um que os receba.

Saber conversar com uma pessoa é uma atitude que constrói o seu próprio respeito para com os outros. Se dirija as pessoas pelos seus nomes, por apelidos que não delas – ou nem os use –  e não crie “moda”.

Fonte: BBC News Brasil

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