Advogada faz vaquinha e leva 400 jovens da periferia para ver ‘Pantera Negra’ no cinema

Muitos deles nunca tinham ido ao cinema

Imagem: Nicole Vasques/BHAZ

O primeiro Pantera Negra, lançado em 2018, não é um filme de super-herói qualquer. É um marco na representatividade e no empoderamento de pessoas negras no cinema. Com a estreia da continuação do filme, chamada Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, a advogada Luísa Helena, de 24 anos, decidiu fazer uma vaquinha com o objetivo de levar jovens negros e da periferia para verem o novo longa.

Inicialmente, a ideia do projeto “Wakanda é nóis”, criado pela advogada, era levar 100 jovens à sala de cinema. No entanto, a repercussão da iniciativa foi tão grande que a vaquinha superou a meta inicial e arrecadou mais de R$ 10,6 mil. Dessa forma, Luísa conseguiu aumentar para 400 adolescentes de 14 a 16 anos.

Todos esses jovens são de escolas públicas ou beneficiados por projetos sociais em Belo Horizonte (MG). Além do ingresso, eles ganharam transporte e alimentação para que a experiência fosse ainda melhor e mais completa.

“Nosso objetivo é levar diversão para as crianças. Este é um filme extremamente representativo, de protagonismo negro e indígena. O filme é ideal para isso, porque não traz uma representatividade vazia. Traz o protagonismo e mostra pessoas pretas não apenas com a vertente do sofrimento. Wakanda é um lugar preto para pessoas pretas, onde elas se sentem seguras e se veem como reis e rainhas. Agora, estamos programando uma equipe jurídica para escutar esses adolescentes também”, disse Luísa, segundo o site Só Notícia Boa.

Idealizadoras do projeto “Wakanda é Nóis”, que proporcionou um dia inesquecível para 400 jovens negros de Belo Horizonte (imagem: Nicole Vasques/BHAZ)

Em vídeo postado nas redes sociais, é possível ver a alegria da criançada. Muitos deles nunca tinham ido ao cinema e dificilmente teriam condições financeiras de ver o novo Pantera Negra se não fosse o “Wakanda é nóis”. Rolou até cosplay!

Protagonismo feminino

Um dos pontos altos do filme é a cientista Shuri (interpretada por Letitia Wright). Com a morte do ator Chadwick Boseman (o intérprete do Pantera Negra), o foco do enredo recaiu sobre a sua irmã, que é uma mulher super inteligente, determinada e corajosa, bem diferente de muitos clichês que Hollywood construiu ao longo de anos. Não à toa, muitos jovens espectadores têm se identificado com a Shuri.

“Eu achei a iniciativa bem interessante. Porque, se você reparar, a maioria de nós tem a pele mais escura, tem o cabelo mais cacheado. É importante pra se sentirem mais importantes. E, como é na África, as pessoas têm a mente muito fechada. Para mim, é o lugar mais rico. É lá onde o povo tem uma cultura viva de verdade”, disse, ao site BHAZ, Alice Maria, de 14 anos. Ela estava entre os 400 jovens que assistiram ao filme no cinema.

Que iniciativa incrível, não é mesmo? Até porque filmes não são apenas diversão ou lazer. Eles possuem um potencial incrível para transformar vidas – e podemos dizer qe a vida desses adolescentes foi transformada. Parabéns à Luísa e a cada um que contribuiu para que o “Wakanda é nóis” se tornasse realidade.

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Fonte: Só Notícia Boa e BHAZ

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