Um filme pode mudar a vida de uma pessoa? Se você perguntar para o Gilvan Bueno, baiano de Salvador, a resposta é um SIM com letras maiúsculas. Ele trabalhava como atendente de lanchonete em uma rede de fast food quando assistiu a À Procura da Felicidade e se inspirou na trajetória do empresário norte-americano Chris Gardner (interpretado por Will Smith) para fazer carreira no mercado financeiro e se tornar um executivo de sucesso.
Antes de assistir ao filme, trabalhar com investimentos era algo que nunca tinha passado pela cabeça do Gilvan. Na verdade, sua infância e juventude foram bem sofridas. Perdeu a mãe aos 11 anos, foi morar com a avó no Espírito Santo e, quatro anos depois, arrumou as malas e partiu sozinho para o Rio de Janeiro (RJ) em busca de oportunidades de trabalho.
Seu primeiro emprego? Auxiliar de pedreiro, carregando cimento nas obras. Também chegou a fazer jornada dupla, trabalhando, durante o dia, em um restaurante da Rodoviária do Rio de Janeiro e em uma lanchonete de fast food no período da noite.
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“Eu nunca tinha pensado em atuar no mercado financeiro. O filme acendeu isso em mim. Foi a partir disso que a minha trajetória tomou outro rumo”, contou Gilvan à Forbes. Além de ter visto À Procura da Felicidade diversas vezes, ele foi atrás do livro que conta a história do empreendedor Chris Gardner.
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Gilvan era tão apaixonado por essa história que vivia comentando com os clientes as lições que tinha aprendido com o filme e o livro e a sua vontade de trabalhar com finanças. Em um desses papos, a magia do destino entrou em ação: um cliente o indicou para uma entrevista de emprego em uma corretora. Era a oportunidade da sua vida!
“Fui após um dia de trabalho, acabei chegando mais de uma hora atrasado. Mas consegui a vaga e fiquei um ano e meio lá”, disse Gilvan. Isso te lembra alguma coisa? Ora, no filme À Procura da Felicidade, o personagem do Will Smith também passa um super-perrengue para chegar na entrevista e consegue a oportunidade. Uma história imitando a outra!
Passagem por grandes empresas
A partir daí, a carreira do Gilvan foi crescendo. Ele se formou em gestão financeira, conquistou certificados da área e passou por grandes empresas como Itaú, BTG Pactual e XP Investimentos. “Olhando assim, parece que foi uma trajetória fácil. Mas não foi. A maioria das pessoas tinha boa formação, além de falar três ou quatro idiomas. Foi difícil competir. Precisei ser muito resiliente e esforçado”, relembra.
Hoje, em paralelo à função de sócio da Órama Investimentos, Gilvan desenvolve projetos com o objetivo de tornar a educação financeira mais acessível para a população brasileira, principalmente para jovens negros de origem humilde, assim como ele foi um dia.
E ah, uma curiosidade especial: ele teve a chance de conhecer Chris Gardner pessoalmente! “Apertei a mão dele e falei que ele era o meu herói. Foi impossível não me emocionar. Ele é, sem dúvidas, um cara muito incrível na minha vida.”
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Fonte: Forbes
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.
