
Se você parar para pensar no escritor mais antigo que conhece, provavelmente vai se lembrar de Homero, William Shakespeare ou Miguel de Cervantes. Mas nenhum deles foi o primeiro na literatura. A pioneira, na verdade, foi uma mulher: a sacerdotisa e poeta Enheduanna, que viveu no século 23 a.C, na Mesopotâmia (atual Iraque).
Com o objetivo de dar visibilidade a essa personalidade da História pouco conhecida,
a Biblioteca e Museu Morgan, em Nova York, Estados Unidos, está com a exposição Ela quem escreveu: Enheduanna e as mulheres da Mesopotâmia. Quem for ao museu também poderá conhecer mais sobre o modo de vida de outras figuras femininas da Antiguidade.

“Enheduanna é nada menos que a primeira escritora registrada pela história. O fato de ela ser pouco conhecida é algo que a exposição de Morgan busca reverter. Os artigos de mulheres desse período, mostrados aqui pela primeira vez em conjunto, têm sido pouco destacados.
Te interessa?
É a hora de prestarmos mais atenção no aspecto artístico dessas imagens, além da maneira como elas mostram as contribuições das mulheres no começo da História”, afirmou, segundo a Forbes, Sidney Babcock, curador da mostra.
Os trabalhos literários da Enheduanna, filha do rei Sargon, do Império Acádio, foram produzidos na língua suméria e falavam de deusas, sacerdotisas, fiéis, mães e trabalhadoras.
Ao contrário de muitos escribas da Mesopotâmia que não assinavam suas produções, Enheduanna incluiu seu nome e detalhes pessoais em vários de seus poemas, sendo reconhecida como autora de 42 hinos (poemas narrativos). Graças a isso, ela pode ser considerada a primeira de todos.

Como ter acesso às obras de Enheduanna?
Se você fizer uma pesquisa pela internet, vai encontrar algumas obras de Enheduanna disponíveis em português. A editora independente Sobinfluencia, por exemplo, lançou Inana – antes da poesia ser palavra era mulher em formato físico e e-book.
No site, o livro é descrito como “uma obra sofisticada sobre tensões político-religiosas e sobre o próprio fazer poético, uma profissão de fé no poder das palavras, que temos o privilégio de ler pela primeira vez numa tradução poética completa para o português”.
Interessante, não é mesmo? Se pararmos para pensar, existem muitas personalidades históricas que ainda são desconhecidas por todos nós. Por isso, iniciativas como a da Biblioteca e Museu Morgan são tão importantes, pois dão vozes a quem, via de regra, acaba esquecido pela sociedade.
Ficou curioso para conhecer um pouco mais sobre Enheduanna? Clicando aqui, você pode ler trechos dos seus poemas em devoção à deusa mesopotâmica Inana, associada ao amor e à fertilidade.
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Fonte: Forbes
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.