Peixes-boi retornam à natureza graças a projeto de universidade

Os peixes-bois tinham sido resgatados entre 2012 e 2015

Enfim, a liberdade! Seis peixes-boi-da-Amazônia voltaram à natureza após passarem por reabilitação no Jardim Zoológico da Universidade da Amazônia (Zoo Unama). Segundo o G1, 45 pessoas participaram da soltura, que foi feita na comunidade de Igarapé do Costa, em Santarém, no estado do Pará – mais precisamente no Rio Amazonas, grande símbolo do Norte do Brasil e de toda sua biodiversidade.

Os peixes-bois tinham sido resgatados entre 2012 e 2015. “Todos chegaram na mesma faixa etária, entre um e dois anos de idade. Alguns foram resgatados depois de se acidentar com redes de pesca ou encontrados à deriva nas margens do rio. Na época do resgate, foram destinados ao Zoo Unama, onde realizamos os processos de reabilitação e, posteriormente, soltura”, explicou Hipocrates Chalkidis, biólogo que coordena o jardim zoológico.

Foram mobilizadas cerca de 45 pessoas para participar da soltura do peixe-boi (imagem: Divulgação/Zoo Unama/G1)

Segundo o especialista, são três frases de reabilitação. A primeira dura de dois a três anos e engloba o período em que os peixes-boi estão se adaptando ao seu novo lar. Nesse estágio, eles se alimentam exclusivamente de leite.

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“A segunda fase da reabilitação dura de um a dois anos e os animais começam a se alimentar também de macrófitas aquáticas, fase importante para ter contato com a vegetação do habitat em que será solto. Já a terceira fase, quando o peixe-boi está adulto, dura até três anos e eles se alimentam só de plantas aquáticas”, explica.

Por serem animais pesados e que não resistem muito tempo fora d’água, a logística para soltá-los na natureza foi complexa. Um caminhão dos bombeiros fez o transporte dos mamíferos até a comunidade que ficava a duas horas da cidade em que está o zoológico. Mas não pense que o trabalho acabou por aí.

A espécie está ameaçada de extinção (imagem: divulgação/Renctas/G1)

Rádio-transmissor

Um dos peixes-boi está sendo monitorado por um rádio-transmissor, que vai permitir que sejam identificados os locais mais usados pelos animais. Com essa informação, os especialistas poderão definir pontos nos quais deverá ser evitada a passagem de barcas e o uso de redes de pesca.

“Nossa expectativa quanto à soltura desses animais é a melhor possível, levando em consideração a experiência que temos sobre a manutenção dos peixes-boi. Sempre existirá risco de não adaptação, mas podemos minimizá-lo, uma vez que fizemos um trabalho elaborado de educação ambiental nas comunidades do entorno. As chances de predação ou captura desses animais são muito pequenas”, disse Chalkidis.

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Nossos parabéns a todos que participam desse projeto incrível! Com a situação climática cada vez pior e muitas espécies ameaçadas de extinção, iniciativas de preservação são imprescindíveis. Afinal, ainda há tempo de agir, proteger as inúmeras formas de vida que habitam no nosso planta e deixar um planeta em boas condições para as próximas gerações.

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