O poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães para você ler

Um texto de amor e reflexão!

O poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães para você ler

A beleza é descrita como uma harmonia celestial nesse poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães e ela te surpreenderá. 

No poema “A Beleza” de Gonçalves de Magalhães, somos transportados para um mundo onde a beleza é uma força irresistível. Continue para descobrir mais.

O poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães para você ler
O poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães para você ler. (Imagens: iStock)

Poema “A Beleza” de Gonçalves de Magalhães 

Oh Beleza!  Oh potência invencível,
Que na terra despótica imperas;
Se vibras teus olhos
Quais duas esferas,
Quem resiste a teu fogo terrível?

Te interessa?

Oh Beleza!  Oh celeste harmonia,
Doce aroma, que as almas fascina;
Se exalas suave
Tua voz divina,
Tudo, tudo a teus pés se extasia.

A velhice, do mundo cansada,
A teu mando resiste somente;
Porém que te importa
A voz impotente,
Que se perde, sem ser escutada?

Diga embora que o teu juramento
Não merece a menor confiança;
Que a tua firmeza
Está só na mudança;
Que os teus votos são folhas ao vento.

Tudo sei; mas se tu te mostrares
Ante mim como um astro radiante,
De tudo esquecido,
Nesse mesmo instante,
Farei tudo o que tu me ordenares.

Se até hoje remisso não arde
Em teu fogo amoroso meu peito,
De estóica dureza
Não é isto efeito;
Teu vassalo serei cedo ou tarde.

Infeliz tenho sido até agora,
Que a meus olhos te mostras severa;
Nem gozo a ventura,
Que goza uma fera;
Entretanto ninguém mais te adora.

Eu te adoro como o anjo celeste,
Que da vida os tormentos acalma;
Oh vida da vida,
Oh alma desta alma,
Um teu riso sequer me não deste!

Minha lira que triste ressoa,
Minha lira por ti desprezada,
Assim mesmo triste,
Assim malfadada,
Teu poder, teus encantos pregoa.

Oh Beleza, meus dias bafeja,
Em teu fogo minha alma devora;
Verás de que modo
Meu peito te adora,
E que incenso ofertar-te deseja.

Reflita nesse poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães

Nesse confronto entre a humanidade e a beleza, vemos no poema a busca incessante do eu lírico por um vislumbre daquilo que tanto anseia. 

Na verdade, ele se lamenta por não ser agraciado com um simples sorriso da beleza, enquanto sua lira ressoa triste.

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Este poema convida os leitores a refletir sobre a natureza da beleza e seu impacto em nossas vidas. 

Logo, o texto pode ser uma fonte de inspiração e encantamento, mas também pode ser cruel e implacável. 

Use esse poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães e esses poemas de amizade para refletir sobre a vida e ser uma pessoa mais feliz.

Um texto de amor, equilíbrio e pureza

São muitos os poemas do escritor que nos fazem refletir sobre a vida. No poema de Gonçalves de Magalhães, somos levados a questionar:

  • Até que ponto devemos nos submeter à beleza?
  • Vale a pena perseguir algo tão fugaz e caprichoso?
  • Ou seria mais sábio buscar a beleza na simplicidade da vida, nas pequenas alegrias e nas relações verdadeiras?

Talvez, ao invés de nos curvarmos diante da beleza como um tirano, devêssemos aprender a apreciá-la com moderação. Concorda?

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Mantendo sempre um equilíbrio saudável entre o desejo e a realidade, esse poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães é uma lição de vida.

Além desse poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães, divirta-se com esses poemas engraçados e se alegre com as pessoas que ama.

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Outros poemas de Gonçalves de Magalhães

Não fique apenas no poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães e confira a seguir maravilhosos textos para tocar o coração de amor e paz.

1 – O Louco do Cemitério

“Vivo co’os mortos,
Na cova os ponho,
Entre eles durmo,
Com eles sonho.
Quantos defuntos
Já enterrei!
Defunto eu mesmo
Também serei.

No pão que como,
No ar que respiro,
Na água que bebo,
A morte aspiro.
Já cheira a morto
O corpo meu.
Abre-te, oh terra,
Que serei teu.

Da morte o aspecto
Já não me assusta,
Que a vida ganho
Da morte à custa.
Sempre cavando
Sem descansar,
Vivo enterrado,
Para enterrar.

Um dia, ou outro,
Cavando o fosso,
Co’o cheiro infecto,
Cair bem posso.
Agora mesmo
Posso cair!…
Não diz a morte
Quando há de vir.

Mas os que folgam
Na excelsa Corte
Não estão mais longe
Das mãos da morte.
Cá os espera
A minha pá…
O que foi terra,
Terra será.

Quantos lá vivem
Nessa cidade
Aqui têm todos
Segura herdade.
Ricos e pobres,
Todos virão,
Dormir no leito
Da podridão.

Ternos amantes,
Pais extremosos,
Esposos caros,
Filhos saudosos,
Vêde o que resta
Do vosso amor:
Podre cadáver,
Que causa horror!

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Com certeza esse poderoso poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães irá tocar seu coração. Veja também esses trechos de poemas sobre a vida para refletir.

2 – O Anagrama

Dos vates a antiga usança
Quis respeitoso seguir,
Ensaiando em anagrama
Teu doce nome exprimir;
Mas a mente em vão se cansa,
No desejo que me inflama
Nada me vem acudir.

Não desistindo da idéia,
Volto a ela sem cessar;
Diversos nomes invento,
Sem nenhum poder achar,
Que seja nome de idéia,
E se preste ao meu intento,
Sem o teu muito ocultar.

Vendo alfim que não podia
Teu anagrama fazer;
Que quantos eu inventava
Nada queriam dizer;
Uma idéia à fantasia,
Quando já nada esperava,
Me veio enfim socorrer.

Foi idéia luminosa,
Direi quase inspiração,
Pois que senti de repente
Palpitar-me o coração.
Sua força imperiosa
Foi tal, qu’eu obediente
Dei-lhe pronta execução.

De papel em uma fita
Teu lindo nome escrevi;
Pondo as letras separadas,
Co’a tesoura as dividi.
Cada solta letra escrita
Enrolei, e baralhadas,
Numa caixinha as meti.

Tudo ao acaso deixando,
Da sorte o cofre agitei;
E tirando-as de uma em uma,
Uma após outra as tracei.
Oh prodígio! Oh pasmo! Quando
Esta maravilha suma
De um mero acaso esperei?

Já Urânia — escrito estava!
Foi Amor quem o escreveu!
Não, não foi obra do acaso;
Teu nome veio do céu!
Aquele — já — me ordenava
Que da Urânia do Parnaso
Fosse o nome agora teu.

Que para mim renascida
A Musa Urânia serás.
Que ao céu e a Deus minha mente
Tu sempre levantarás.
Musa real, não fingida,
Unida a mim ternamente,
Celeste amor me terás.

Com certeza poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães e esses poemas sobre a vida irão abrir seu coração com amor e paz.

3 – Entr’ato

“No Brasil, como sabes, qualquer zote
Um formado doutor se conceitua;
Quem pra trolha nasceu, ou pro rabote
Não creias que consulte a sorte sua;
Toda a baixa gentalha deste lote
Em política ao menos se insinua.
O vadio, o pedante, o mentecapto
Pra os públicos empregos julga-se apto.

“Não é com má tenção qu’isto te digo,
Mas sim porqu’ad reum o caso o pede,
Tu mesmo terás dito lá contigo
Que o pedantismo no Brasil tem sede:
Quem tem um Governante por amigo
Alcança tudo que deseja, e pede,
Não se gradua o mérito e a virtude,
Pra escravo, e adulador basta que estude.

“Há muito qu’este mal nos assolapa
E tem feito o Brasil andar à-toa;
Toma um alvar de patriota a capa,
E defensor da Pátria se apregoa.
Dos patriotas é tão grande o mapa
Quanto o dos asnos, qu’ela galardoa;
Quem talentos não tem, nem tem ofício
Um emprego requer em sacrifício

“Era o tempo da nossa Independência
Em que certa Família dominava,
E, como hoje se faz, por influência
D’algum patrono, tudo se alcançava.
Do nosso Herói não foi baldada a agência,
E como patriota se inculcava
Alegando ser Jovem Fluminense,
Pôde um lugar obter de Amanuense.

“Mas coitado! uma ideia o afligia,
Era o seu mau estado monetário;
Nada tinha de seu; e ele bem via
Que tudo no Brasil era precário.
Seu lugar d’um Ministro dependia;
Sendo tudo interino e arbitrário,
Tudo cair podia num instante,
Quanto mais ele, mísero pedante!

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4 – Apólogo: O Carro e o Burro

Um touro, não amestrado
No exercício de carreiro,
Num falso passo que deu
Pôs o carro no lameiro.

Conhecendo esse embaraço,
Procurou sair de modo,
Que ao menos salvasse a vida,
Visto o carro estar no lodo.

Alguns animais, passando
No desastroso lugar,
Tentaram, mas não puderam
Do charco o carro tirar.

Até que um burro já velho,
Cheio de louca vaidade,
Cuidou ser esse o momento
De ganhar celebridade.

— A que vás lá? — Disse um desses
Que pastavam por aí:
Deixa vir quem disso entenda;
Que isso não é para ti. —

“Tu falas antes de tempo;
Disse o burro ao que o arguia:
Vou mostrar-te o quanto posso;
Muito alcança quem porfia.”

Vejam só o que é ser burro
Por instinto e natureza!
Não mediu as suas forças,
Nem viu do carro a grandeza.

Zurrando, e dando patadas,
Foi meter-se no atoleiro;
Entre os varais colocou-se,
E o pescoço pôs no apeiro.

Mas para fazer tais cousas
Foi necessário agachar-se;
Atolou-se até o ventre
Quando tentou levantar-se.

Como o terreno era fofo,
Tendo já mil voltas dado,
Tentou safar-se do jugo,
E o carro deitou de lado.

O pobre burro entre as varas
Virou de pernas para o ar;
Todo de lama coberto
Começou a espernear.

Isto aos burros acontece,
Que se esquecem do que são
E se não por nós responda
A geral opinião.

Quantos o carro do Estado
Querem guiar mui lampeiros,
E por trancos e barrancos,
Dão com ele em atoleiros?

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Esse poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães te fará refletir muito sobre a vida. Além disso, guarde no coração esses lindos poemas sobre flores para abrir sua mente.

Você gostou desse poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães para ler e se emocionar? Então não perca mais tempo e compartilhe com seus amigos e familiares essas lindas palavras de amor.

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