Em seus poemas, Manuel Botelho de Oliveira levada seus leitores a um mundo de sentimentos e emoções complexas. Você já sentiu essa sensação lendo os textos dele?
Na verdade, o escritor explora muito bem a dualidade entre o pensamento e a realidade do sofrimento, bem como o contraste entre o amado e o amante.
Com isso, nos convidando a refletir sobre as nuances da paixão e como ela pode afetar nossa mente e alma que muitos das suas obras são marcantes.
Te interessa?
Foi pensando nisso que selecionamos um poema bastante marcante na carreira de escritor de Manuel Botelho de Oliveira para você refletir.
Poema “Encarece a Fineza do seu Tormento” de Manuel Botelho de Oliveira
Meu pensamento está favorecido,
Quando cuida de Anarda o logro amado;
Ele se vê nas glórias do cuidado,
Eu me vejo nas penas do sentido.Ele alcança o fermoso, eu o sofrido,
Ele presente vive, eu retirado;
Eu no potro de um mal atormentado,
Ele no bem, que logra, presumido.Do pensamento está muito ofendida
Minha alma, do tormento desejosa,
Porque em glória se vêm, bem que fingida:Tão fina pois, que está por amorosa,
De um leve pensamento arrependida,
De um vão contentamento escrupulosa.
A verdade é que muitos leitores pegam frases de motivação para os tempos difíceis da literatura brasileira para vencer na vida. Logo, as obras de Manuel Botelho de Oliveira são textos de inspiração
O que Manuel Botelho de Oliveira quis dizer com esse poema?
Primeiramente, o poeta começa por descrever seu pensamento como “favorecido” quando pensa em Anarda.
No texto, o escritor sugere que pensar nela é um privilégio para sua mente. Além disso, ele associa seu pensamento ao “logro amado”, o que implica que sua mente se envolve em ilusões de amor.
Veja o que diz o poema:
Meu pensamento está favorecido,
Quando cuida de Anarda o logro amado;
Ele se vê nas glórias do cuidado,
Eu me vejo nas penas do sentido.
Quem nunca sofreu por amor? Quem nunca ficou horas, dias ou semanas pensando no amor? A verdade é que o coração nos mostra sempre quem é realmente importante para nós.
As reflexões filosóficas sobre motivação desse grande escritor podem abrir seu coração e mente para muitas possibilidades de vida.
Logo, enquanto o eu lírico se perde nas “penas do sentido”, Anarda é apresentada como alguém que vive as “glórias do cuidado”.
Uma literatura que liberta mentes
O poema é bem claro em relação à dualidade entre os dois amantes, continua a se desdobrar. Na verdade, ele revela mais profundamente à medida que o poema avança.
Enquanto o poeta sofre e está “atormentado”, Anarda parece estar desfrutando de “bem, que logra, presumido”. Essas frases de reflexão sobre a vida de Botelho de Oliveira podem mudar sua vida.
Além disso, em “Encarece a Fineza do seu Tormento”, o poeta destaca como a mesma paixão pode ser vivida de maneira tão diferente por duas pessoas.
Com isso, a alma do poeta está “muito ofendida” pelo tormento que sente e anseia por ele. O que podemos aprender com tudo isso? Que precisamos encarar nossas dificuldades com maturidade?
Outros sonetos de Manuel Botelho de Oliveira
Assim como poemas, os sonetos de Botelho de Oliveira leva com maestria a jornada de introspecção, explorando a complexidade das emoções humanas.
A dualidade da paixão e como o amor pode ser tanto uma bênção quanto uma maldição também é viva em muitos textos do escritor.
Na verdade, ele nos convida a contemplar as diferentes maneiras pelas quais o amor se manifesta em nossas vidas e como.
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Confira a seguir alguns sonetos marcantes do escritor para você refletir e conhecer mais das obras desse grande nome da literatura brasileira.
1 – SONETO IX
Que doce vida, que gentil ventura,
Que bem suave, que descanso eterno,
Da paz armado, livre do governo,
Se logra alegre, firme se assegura!Mal não molesta, foge a desventura,
Na primavera alegre, ou duro inverno,
Muito perto do céu, longe do inferno,
O tempo passa, o passatempo atura.A riqueza não quer, de honra não trata,
Quieta a vida, firme o pensamento,
Sem temer da fortuna a fúria ingrata:Porém atento ao rio, ao bosque atento,
Tem por riqueza igual do rio a prata,
Por aura honrosa tem do bosque o vento.
2 – SONETO XVII
Essa de ilustre máquina beleza,
Que o tempo goza, e contra o tempo atura;
É soberbo primor de arquitetura,
É pródigo milagre da grandeza.Fadiga de arte foi, que a Natureza
Inveja de seus brios mal segura;
E cada pedra, que nos arcos dura,
É língua muda da fatal empresa.Não teme da fortuna os vários cortes,
Nem do tempo os discursos por errantes,
Arma-se firme contra as leis das sortes.
Você pode se tornar uma pessoa melhor ao guardar no coração algumas palavras e frases de superação na vida extraídas da literatura brasileira.
3 – SONETO X
Quando vejo de Anarda o rosto amado,
Vejo ao céu e ao jardim ser parecido;
Porque no assombro do primor luzido
Tem o sol em seus olhos duplicado.Nas faces considero equivocado
De açucenas e rosas o vestido;
Porque se vê nas faces reduzido
Todo o império de Flora venerado.Nos olhos e nas faces mais galharda
Ao céu prefere quando inflama os raios,
E prefere ao jardim, se as flores guarda:Enfim dando ao jardim e ao céu desmaios,
O céu ostenta um sol, dous sóis Anarda,
Um maio o jardim logra; ela dous maios.
4 – SONETO XII
Tejo formoso, teu rigor condeno,
Quando despojas altamente ímpio
Das lindas plantas o frondoso brio,
Dos férteis campos o tributo ameno.Nas amorosas lágrimas, que ordeno,
Porque cresças em claro senhorio,
Corres ingrato ao lagrimoso rio,
Vás fugitivo com desdém sereno.Oh como representa o desdenhoso
Da bela Anarda teu cristal ativo,
Neste e naquele efeito lastimoso!Em ti vejo a Anarda, ó Tejo esquivo,
Se teu cristal se ostenta rigoroso,
Se teu cristal se mostra fugitivo.
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Até mesmo algumas reflexões sobre o tempo de Deus alguns leitores conseguem tirar das obras de Manuel Botelho de Oliveira. Aproveite!
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Redator Web desde 2017, um leitor voraz e apaixonado por livros de ficção histórica.
