O poema mais lindo de Maria Firmina dos Reis

Palavras para inspirar seu dia!

O poema mais lindo de Maria Firmina dos Reis
O poema mais lindo de Maria Firmina dos Reis

Nas inspiradoras palavras de Maria Firmina dos Reis, encontramos uma essência poética que ecoa as profundezas da alma humana. Que tal se emocionar com o poema mais lindo de Maria Firmina dos Reis?

No poema “Confissão”, somos convidados a adentrar o universo íntimo de alguém que se debate entre o desejo de negar o amor e a irresistível atração que o amor exerce. Leia a seguir o inspirador texto!

Poema “Confissão” de Maria Firmina dos Reis

Embalde, te juro, quisera fugir-te,
Negar-te os extremos de ardente paixão:
Embalde, quisera dizer-te: – não sinto
Prender-me à existência profunda afeição.
Embalde! é loucura. Se penso um momento,
Se juro ofendida meus ferros quebrar:
Rebelde meu peito, mais ama querer-te,
Meu peito mais ama de amor delirar.

E as longas vigílias, – e os negros fantasmas,
Que os sonhos povoam, se intento dormir,
Se ameigam aos encantos, que tu me despertas,
Se posso a teu lado venturas fruir.

E as dores no peito dormentes se acalmam.
E eu julgo teu riso credor de um favor:
E eu sinto minh’alma de novo exaltar-se,
Rendida aos sublimes mistérios do amor.

Não digas, é crime – que amar-te não sei,
Que fria te nego meus doces extremos…
Eu amo adorar-te melhor do que a vida,
melhor que a existência que tanto queremos.

Deixara eu de amar-te, quisera um momento,
Que a vida eu deixara também de gozar!
Delírio, ou loucura – sou cega em querer-te,
Sou louca… perdida, só sei te adorar.

O que aprendemos com o poema mais lindo de Maria Firmina dos Reis?

A protagonista desvela-se diante de nós, confessando suas tentativas vãs de negar os laços que a prendem a uma paixão avassaladora.

Nos versos, encontramos a dualidade entre a lucidez e a loucura que o amor pode suscitar. A verdade é que este poema mais lindo de Maria Firmina dos Reis nos ensina muito sobre a vida.

O poema mais lindo de Maria Firmina dos Reis

Por vezes, ela se vê refletida na tentativa de romper seus próprios grilhões, de negar a força magnética que a atrai inexoravelmente.

Contudo, mesmo quando tenta se desvencilhar, sua natureza se inclina irresistivelmente para os encantos do objeto de seu afeto.

É muito importante ler e refletir em poema mais lindo de Maria Firmina dos Reis e poema mais lindo de Gonçalves de Magalhães e guardar no coração lindas palavras de amor.

Outros poemas de Maria Firmina dos Reis

A escritora é bastante talentosa e tem muitas obras inspiradoras nas bibliotecas e casas de leitores ao redor do mundo. Confira a seguir mais algumas obras de Maria Firmina dos Reis para inspirar seu dia.

1 – Uma Tarde no Cuman

Aqui minh’alma expande-se, e de amor
Eu sinto transportado o peito meu;
Aqui murmura o vento apaixonado,
Ali sobre uma rocha o mar gemeu.
E sobre a branca areia – mansamente
A onda enfraquecida exausta morre;
Além, na linha azul dos horizontes,
Ligeirinho baixel nas águas corre.

Quanta doce poesia, que me inspira
O mago encanto destas praias nuas!
Esta brisa, que afaga os meus cabelos,
Semelha o acento dessas frases tuas.

Aqui se ameigam de meu peito as dores,
Menos ardente me goteja o pranto;
Aqui, na lira maviosa e doce
Minha alma trina melodioso canto.

A mente vaga em solidões longínquas,
Pulsa meu peito, e de paixão se exalta;
Delírio vago, sedutor quebranto,
Qual belo íris, meu desejo esmalta.

Vem comigo gozar destas delícias,
Deste amor, que me inspira poesia;
Vem provar-me a ternura de tu’alma,
Ao som desta poética harmonia.

Sentirás ao ruído destas águas,
Ao doce suspirar da viração,
Quanto é grato o amor aqui jurado,
Nas ribas deste mar, – na solidão.

Vem comigo gozar um só momento,
Tanta beleza a me inspirar poesia!
Ah! vem provar-me teu singelo amor
Ao som das vagas, no cair do dia.

O poema mais lindo de Maria Firmina dos Reis

2 – O Meu Desejo

A um jovem poeta guimaraense
Na hora em que vibrou a mais sensível
Corda de tu’alma – a da saudade,
Deus mandou-te, poeta, um alaúde,
E disse:Canta amor na soledade.
Escuta a voz do céu, – eia, cantor,
Desfere um canto de infinito amor.

Canta os extremos duma mãe querida,
Que te idolatra, que te adora tanto!
Canta das meigas, das gentis irmãs,
O ledo riso de celeste encanto;
E ao velho pai, que tanto amor te deu,
Grato oferece-lhe o alaúde teu.

E a liberdade, – oh! poeta, – canta,
Que fora o mundo a continuar nas trevas?
Sem ela as letras não teriam vida,
menos seriam que no chão as relvas:
Toma por timbre liberdade, e glória,
Teu nome um dia viverá na história.

Canta, poeta, no alaúde teu,
Ternos suspiros da chorosa amante;
Canta teu berço de saudade infinda,
Funda lembrança de quem está distante:
Afina as cordas de gentis primores,
Dá-nos teus cantos trescalando odores.

Canta do exílio com melífluo acento,
Como Davi a recordar saudade;
Embora ao riso se misture o pranto;
Embora gemas em cruel soidade…
Canta, poeta, – teu cantar assim,
Há de ser belo enlevador enfim.

Nos teus harpejos juvenil poeta,
Canta as grandezas que se encerram em Deus,
Do sol o disco, – a merencória lua,
Mimosos astros a fulgir nos céus;
Canta o Cordeiro, que gemeu na Cruz,
Raio infinito de esplendente luz.

Canta, poeta, teu cantar singelo,
meigo, sereno com um riso d’anjos;
Canta a natura, a primavera, as flores,
Canta a mulher a semelhar arcanjos.
Que Deus envia à desolada terra,
Bálsamo santo, que em seu seio encerra.

Canta, poeta, a liberdade, – canta.
Que fora o mundo sem fanal tão grato…
Anjo baixado da celeste altura,
Que espanca as trevas deste mundo ingrato.
Oh! sim, poeta, liberdade, e glória
Toma por timbre, e viverás na história.

—————-

Eu não te ordeno, te peço,
Não é querer, é desejo;
São estes meus votos – sim.
Nem outra cousa eu almejo.
E que mais posso eu querer?
Ver-te Camões, Dante ou Milton,
Ver-te poeta – e morrer.

O poema mais lindo de Maria Firmina dos Reis

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3 – Ah! Não Posso

Se uma frase se pudesse
Do meu peito destacar;
Uma frase misteriosa
Como o gemido do mar,
Em noite erma, e saudosa,
De meigo, e doce luar.
Ah! se pudesse!… mas muda
Sou, por lei, que me impõe Deus!
Essa frase maga encerra,
Resume os afetos meus;
Exprime o gozo dos anjos,
Extremos puros dos céus.

Entretanto, ela é meu sonho,
Meu ideal inda é ela;
Menos a vida eu amara
Embora fosse ela bela.
Como rubro diamante,
Sob finíssima tela.

Se dizê-la é meu empenho,
Reprimi-la é meu dever:
Se se escapar dos meus lábios,
Oh! Deus, – fazei-me morrer!
Que eu pronunciando-a não posso
Mais sobre a terra viver.

O poema mais lindo de Maria Firmina dos Reis

4 – No Álbum de Uma Amiga

D’amiga a existência tão triste, e cansada,
De dor tão eivada, não queiras provar;
Se a custo um sorriso desliza aparente,
Que máguas não sente, que busca ocultar!?…
Os crus dissabores que eu sofro são tantos,
São tantos os prantos, que vivo a chorar,
É tanta a agonia, tão lenta e sentida,
Que rouba-me a vida, sem nunca acabar.

——————–

D’amiga a existência
Não queiras provar,
Há nelas tais dores,
Que podem matar.

O pranto é ventura,
Que almejo gozar;
A dor é tão funda,
Que estanca o chorar.

Se intento um sorriso,
Que duro penar!
Que chagas não sinto
No peito sangrar!…

Não queiras a vida
Que eu sofro – levar,
Resume tais dores
Que podem matar.

E eu as sofro todas, e nem sei
Como posso existir!
Vaga sombra entre os vivos, – mal podendo
Meus pesares sentir.

Talvez assim deus queira o meu viver
Tão cheio de amargura.
P’ra que não ame a vida, e não me aterre
A fria sepultura.

O poema mais lindo de Maria Firmina dos Reis

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5 – Ela!

(A pedido)
Ela! Quanto é bela, essa donzela,
A quem tenho rendido o coração!
A quem votei minh’alma, a quem meu peito
Num êxtase de amor vive sujeito…
Seu nome!… não – meus lábios não dirão!

Ela! minha estrela, viva e bela,
Que ameiga meu sofrer, minha aflição;
Que transmuda meu pranto em mago riso.
Que da terra me eleva ao paraíso…
Seu nome!… Oh! meus lábios não dirão!

Ela! virgem bela, tão singela
Como os anjos de deus. Ela… oh! não,
Jamais o saberá na terra alguém,
De meus lábios, o nome que ela tem…
Que esse nome meus lábios não dirão.

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