3 poemas de Ziraldo para crianças que são lindos e animados

Poemas para se divertir com as crianças!

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Você sabia que ler poemas de Ziraldo para crianças melhora o desenvolvimento delas? A leitura na infância desempenha um papel crucial no desenvolvimento cognitivo, emocional e linguístico das crianças. 

Além dos contos de fadas e histórias clássicas, a leitura de poemas na rotina de educação e lazer infantil traz inúmeros benefícios. 

Na verdade, os poemas são uma forma única de expressão literária, caracterizados por sua linguagem, assim, ajudando muitas crianças na educação.

Te interessa?

Logo, introduzir as crianças a poemas desde cedo pode estimular sua imaginação. Foi pensando nisso que selecionamos alguns poemas do escritor Ziraldo para ler para as crianças.

Poemas de Ziraldo para crianças

A exposição a diferentes tipos de textos na leitura, incluindo o poema, amplia o vocabulário das crianças desde cedo.

Ler poemas familiarizam elas com palavras e expressões que talvez não encontrassem em narrativas do dia-a-dia, melhorando ainda mais o aprendizado. 

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3 poemas de Ziraldo para crianças que são lindos e animados. (Imagens: Unsplash)

Os poemas frequentemente utilizam metáforas, comparações e figuras de linguagem, enriquecendo como as crianças se comunicam. Confira a seguir alguns poemas de Ziraldo para crianças.

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1 – Tia-Avó

A minha mãe tinha uma tia-avó
e, para mim, mamãe sempre dizia:
a tia-avó é muito mais que avó
e, certamente, é muito mais que tia.

A tia é tia. E basta: é tia só.
E mesmo a avozinha é só avó.

Se ser titia é bom, esta avozinha
multiplica por três tal alegria;
pois além de ser tia da tal sobrinha
é tia de uma mãe ou de uma tia.

Se o verdadeiro amor de uma avó
é bem maior que toda fantasia
de quem pensa que ama; e se o xodó
maior que tem no mundo é o da tia,
de que tamanho será que teria
de ser o coração – me digam só –
daquela avó que é avó e tia,
daquela tia que é tia-avó?

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2 – O joelho de Juvenal

Era uma vez um joelho que se chamava Juvenal. Juvenal tinha um problema, coitado: aparecia todo escalavrado. Também quem mandou o Juvenal ser o joelho de um menino levado?

Juvenal queria muito aprender a língua de menino só para falar assim: “Menino, tenha dó de mim!” Mas quando o esfolado sarava Juvenal bem que gostava de correr e de saltar.

E ele se desdobrava e se dobrava outra vez todo alegre, pois sabia que, indo e vindo, fazia o seu menino feliz.

Mas um dia, tudo ficou escuro para o Juvenal. E ai ele descobriu que o menino tinha crescido.

E agora, em vez de short ou calça curta, usava calça cumprida. Por isso, hoje Juvenal tem um pedido a fazer aos fabricantes de calças.

Que tal criar um modelo de calça, sob medida que tenha dois buraquinhos pro Juvenal ver a vida!?

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3 – Meu Amigo Mais Antigo

Meu pai e minha mãe acreditavam que presente bom para filho era livro. Meus colegas de Grupo Escolar – era assim que se chamava a escola primária do meu tempo – não achavam isso, não. Eles gostavam era de carrinho, boneco de corda, bicicleta, piorras, bolas de futebol.

Essas coisas é que eram presentes bons. Acreditavam que esse negócio de eu ganhar livro em lugar de brinquedo era golpe do meu pai que, coitado, não podia gastar dinheiro com brinquedos caros.

Havia, porém, duas coisas que meus colegas de escola não sabiam. A primeira é que eu adorava livros, gostava mesmo de ganhá-los de presente. 

Chegava a tremer de emoção enquanto abria o embrulho que papai trazia de suas viagens, tentando adivinhar a capa do livro que o embrulho escondia.

A outra coisa é que meu pai, também, tinha lido livros que marcaram muito sua vida de menino. De um deles, especialmente, papai não se esquecera nunca. Ele tinha lido esse livro ali pelos 10 a 11 anos, na sua escola.

Isso foi no começo dos anos 20, e ele lembrava que achou estranho encontrar um livro infantil, na escola, só para menino ler e não para estudar. Ele achava isso o máximo! E não se esquecia de que o livro se chamava “Narizinho Arrebitado”.

Ele queria muito reencontrá-lo para dar pro seu filho de presente, talvez, para os dois lerem juntos e ele voltar um pouco à sua infância. 

Já havia bem mais de 20 anos que ele havia lido aquele livro e nunca mais tinha ouvido falar dele, perdido que vivia numa cidadezinha do interior do Brasil.

Até que um dia cheguei da escola trazendo um livro que havia pedido emprestado na Biblioteca do Grupo Escolar. E o livro se chamava “Reinações de Narizinho”.

Eu perguntei pro meu pai: “Não será esta menina aqui a sua Narizinho, pai?” E ele me perguntou: “Como é o nome do autor do livro?” Eu disse: “Um tal de Monteiro Lobato!”

O rosto do meu pai se iluminou e, a partir desse dia, o Monteiro Lobato e eu ficamos amigos para sempre.

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Você gostou desses maravilhosos poemas de Ziraldo para ler para crianças e se divertir com elas? Então não perca mais tempo e compartilhe com os seus amigos e familiares esses textos lindos e alegres.

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