Quinto caso de cura de HIV é registrado na Alemanha após transplante de medula óssea

Esperança no combate ao HIV!

Imagem: Anna Shvets

A partir de agora, o dia 20 de fevereiro será lembrado como mais uma data de esperança para a comunidade científica. É que, nesse dia, foi publicado um estudo na conceituada revista Nature sobre o quinto caso de cura do vírus HIV no mundo.

O paciente é um homem de 53 anos da cidade de Düsseldorf, na Alemanha – seu nome não foi revelado, por questões de respeito à privacidade pessoal.

Na imagem, os ícones de cor azul são partículas do HIV replicando-se a partir de uma célula infectada, representada pela cor vermelha (imagem: NIAID)

Depois de passar por um transplante de medula óssea, o indivíduo, que também enfrentava uma leucemia, não teve mais o vírus HIV detectado em seu organismo.

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Não é o primeiro caso em que isso acontece após um transplante. Anteriormente, a mesma situação já tinha sido registrada em um paciente de Londres, na Inglaterra, e outro de Berlim, na Alemanha.

O motivo disso acontecer? É que o doador desses pacientes tinha uma mutação rara que oferece resistência a determinadas cepas do HIV, sendo o HIV-1 uma delas.

O paciente, cuja identidade não foi revelada, passou por um transplante de medula óssea e foi acompanhado por pesquisadores por nove anos (imagem ilustrativa: Trust Tru Katsande/Unsplash)

Notícias como essa são sempre comemoradas pela comunidade científica e trazem esperança. “Isto sublinha que estas abordagens [cura por meio do transplante] são promissoras e também reproduzíveis, uma vez que não permanece um caso isolado”, afirmou Jürgen Rockstroh, professor de infectologia no Hospital Universitário de Bonn, na Alemanha, segundo o site Deutsche Welle (DW).

Acompanhamento

O paciente do novo caso registrado na revista Nature tinha feito o transplante em fevereiro de 2013 por conta da leucemia, como é chamado o câncer dos tecidos formadores do sangue (incluindo a medula óssea). Durante nove anos, o homem foi acompanhado por pesquisadores do Hospital Universitário de Düsseldorf.

Em 2018, o paciente deixou de tomar medicamentos antivirais para HIV por orientação dos pesquisadores – essa era a única maneira de descobrir se ele havia sido curado. E aí veio a notícia boa: quatro anos depois, não foi detectado mais nenhum vestígio de HIV.

Entretanto, os cientistas também são cautelosos em alguns pontos. O primeiro ponto é que o HIV pode estar presente e ser indetectável, como escreveram as especialistas Sharon Lewin e Jennifer Zerbato em um artigo na revista Lancet, em 2020.

“É difícil provar conclusivamente que alguém esteja curado de HIV porque o vírus pode permanecer escondido dentro de células imunes de vida muito longa, e os métodos disponíveis para detectá-las são limitados.”

De qualquer forma, seguimos firmes torcendo para que mais casos de cura sejam registrados e que a comunidade médica e científica consiga avançar em novas formas de tratamento contra esse vírus tão terrível.

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Fonte: DW

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