Considerada a tatuadora mais velha do mundo, Apo Whang-od, de 106 anos, tornou-se também a pessoa mais velha de todos os tempos a posar para a capa da uma revista Vogue.
A foto belíssima chamou a atenção dos internautas e a filipina centenária não demorou para viralizar nas redes sociais e um levar um destaque mega importante para a cultura do seu povo: a tradicional tatuagem batok.
Conhecedora dessa arte milenar, Apo Whang-od aprendeu a técnica aos 16 anos, sob influência do pai e, desde então, luta para preservar essa cultura tão bonita! Na sua tribo, ser uma pessoa tatuada vai muito além da estética. De acordo com a reportagem da Vogue Filipinas, para os homens, o primeiro desenho na pele é o que os identifica como guerreiros. Já para as mulheres, a tattoo representa beleza e fertilidade.
No entanto, com a chegada dos norte-americanos àquela região da Filipina, as tatuagens se tornaram motivo de vergonha, pois os estrangeiros obrigaram as jovens a cobrirem os braços com mangas compridas para poderem frequentar as escolas.
Com o tempo, a cultura da batok foi sendo recuperada e hoje os mambabatok, como se chamam os tatuadores, são procurados por pessoas de todas as partes do mundo. Bem diferente do motorzinho tradicional que temos por aqui, a tattoo é feita com um pedaço de bambu com um espinho na ponta.
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Apo Whang-Od tem uma técnica de assinatura única e são necessários apenas cinco minutos para completar a obra. No entanto, não se engane: quem já fez uma tattoo com ela garante que a dor é muito superior à de uma enorme tatuagem ocidental!
Na matéria da Vogue, a filipina explica que ela e duas alunas suas são as únicas mulheres tatuadoras da tribo. As três são muito procuradas por turistas, que também querem o desenho milenar eternizado na pele.
DIVERSIDADE CULTURAL
Com mais de 122 mil seguidores no Instagram, a conta da Vogue Filipina viu os acessos bombarem após alguns posts sobre a capa de abril, com Apo Whang-Od.
“Apo Maria “Whang-Od” Oggay simboliza a força e a beleza do espírito filipino. Anunciada como a última mambabatok de sua geração, ela imprimiu os símbolos da tribo Kalinga – significando força, bravura e beleza – na pele de milhares de pessoas que fizeram a peregrinação a Buscalan. ‘Quando os visitantes vierem de longe”, Whang-Od diz na língua butbut, ‘darei a eles o tatak Buscalan, tatak Kalinga enquanto meus olhos puderem ver’”, explicou a legenda de uma das postagens fixadas do perfil.
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Com mais de 320 mil likes, o post também recebeu milhares de comentários lindos de pessoas de diferentes partes do mundo.
A diversidade cultural é algo maravilhoso e que merece sempre ser respeitado e valorizado. Afinal, isso é o que torna a humanidade tão lindo e rica!
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Fonte: Público Portugal.
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Jornalista e redatora. Amante de gatos, livros, moda e receitinhas.
