A área das ciências exatas ainda é, infelizmente, um campo de estudos com poucas mulheres. Uma das pioneiras a ganhar destaque, Maryam Mirzakhani foi a primeira mulher a ganhar o Nobel da Matemática e marcou a história com essa conquista incrível e pra lá de significativa.
Nascida em 1977 em Teerã, capital do Irã, ela faleceu de maneira prematura, aos 40 anos de idade, em 2017, vítima de um câncer de mama. Na infância, o sonho de Maryam era ser escritora, mas por influência do irmão começou a se interessar por matemática já no ensino médio.
Mais do que um simples interesse da época de escola, a paixão pela área fez Maryam se tornar a primeira mulher iraniana a ganhar uma medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática de Hong Kong, em 1994, e a concluir o doutorado na Universidade de Harvard, Estados Unidos, defendendo a tese “Geodésica Simples em Superfícies Hiperbólicas e Volume do Espaço de Curvas Moduli”.
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Maryam Mirzakhani, a primeira mulher a ganhar a Medalha Fields
A mente brilhante da jovem matemática chamou a atenção dos estudiosos da área e recebeu diversos elogios.
“Uma das coisas que distinguiu Maryam como estudante foi a profusão de questões imaginativas que ela formulou e perseguiu. Sua pesquisa combinou uma grande variedade de campos, indo dos formatos das superfícies no bilhar à teoria das cordas, numa única e rica imagem com notáveis consequências”, afirmou uma vez Curtis McMullen, seu orientador no doutorado em Harvard.
O amor pela matemática levou Maryam a trilhar os caminhos da academia e entre 2004 e 2008, ela trabalhou no Clay Mathematics Institute e foi professora na Universidade de Princenton. Já em 2008 foi convidada para ser professora na Universidade de Stanford.
CARREIRA INSPIRADORA E MENTE BRILHANTE
Tanto conhecimento rendeu a Maryam a Medalha Fields, que dividiu com o brasileiro Artur Ávila, pesquisador do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), do Rio de Janeiro, em 2014. Tal feito a tornou a única mulher a ter recebido o prêmio desde a sua criação em 1924.
Comparado ao Prêmio Nobel, o Medalha Fields é realizado a cada quatro anos e entregue a matemáticos que tenham no máximo 40 anos de idade. Em cada edição, de dois a quatro pesquisadores destacados são premiados e recebem a honraria, além de um valor em dinheiro de, aproximadamente, 15 mil dólares canadenses.
Uma história ainda mais inspiradora e admirável devido ao contexto sociocultural que a matemática foi criada, pois após a Revolução Islâmica no Irã, em 1979, e educação no país foi separada entre gêneros e, assim, as mulheres passaram a receber um ensino mais escasso.
Apesar de ter falecido ainda muito jovem, a memória e genialidade de Maryam continua inspirando jovens meninas do Irã e de todo o mundo!
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E você? Adorava matemática na época de escola ou era aquela pessoa que fugia dos números e preferia outras matérias?
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Jornalista e redatora. Amante de gatos, livros, moda e receitinhas.
