Centro de conservação em SP se torna o maior abrigo de cervos e veados do mundo

Nupecce alcançou a marca ao receber 39 novos animais

Imagem: Jornal da Unesp

O Brasil possui muitas iniciativas de conservação de espécies silvestres que merecem ser conhecidas e admiradas. Você sabia, por exemplo, que o maior centro de preservação de cervos e veados do mundo fica aqui?

É o Núcleo de Pesquisa e Conservação de Cervídeos (Nupecce), localizado no campus da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em Jaboticabal (SP). O local se tornou o maior do mundo recentemente, ao receber 39 cervos-do-Pantanal e chegar a um total de 97 animais vivendo por lá.

Vista aérea do Nupecce, que se tornou o maior centro de preservação de cervos e veados do mundo (imagem: Jornal da Unesp)

Os recém-chegados cervos passaram por um período de quarentena e adaptação ao seu novo lar. Para você ter uma noção, o Nupecce tem o tamanho de cerca de 6 campos de futebol e uma estrutura pensada para o conforto e bem-estar desses animais, com local para correr, se alimentar e descansar.

Te interessa?

Foi feita uma reforma no valor de R$ 4 milhões para receber os cervos-do-pantanal, que agora têm como companheiros outras 8 espécies diferentes de cervídeos (como são chamados os cervos e veados). Entre elas, estão o veado-bororó, o veado-catingueiro e o veado-mateiro-pequeno.

Algumas espécies de cervídeos que vivem no Nupecce (imagem: Helena Trevizan/Unesp)

Pesquisas e soltura na natureza

Além de receberem alimentação e ficarem a salvos da ação de caçadores e do desmatamento, os animais também são estudados pelos pesquisadores. A ideia é entender melhor o comportamento e manejo dos cervídeos em cativeiro e desenvolver tecnologias reprodutivas. Isto é, toda a pesquisa feita é revertida para ajudar as espécies a escaparem do risco de extinção.

“Técnicas para coleta de sêmen ou de inseminação artificial, por exemplo, que nós aplicamos muito bem em outros animais, ainda não foram completamente dominadas para os cervídeos. Como dispúnhamos de uma amostra pequena de animais, nossos experimentos eram bastante limitados. Aprimorar essas técnicas é algo importante, especialmente porque muitas espécies de cervídeos estão em risco de extinção”, explicou o professor José Maurício Barbanti, coordenador do Nupecce, ao Jornal da Unesp.

O objetivo é ir aumentando a população dos cervídeos no Nupecce até que seja possível fazer a reintrodução na natureza. No caso dos cervos-do-Pantanal, os pesquisadores querem chegar a 60 indivíduos para começar a devolvê-los à vida na natureza.

Esperamos que dê tudo certo para que esses bichinhos adoráveis possam voltar ao seu hábitat natural e retomar a vida livremente. Enquanto isso não acontece, podemos ficar tranquilos sabendo que eles estarão bem-cuidados e protegidos de qualquer perigo no Nupecce.

Parabéns a todos os pesquisadores envolvidos nessa linda missão de proteger os animais e natureza. Ainda dá tempo de revertermos o processo de extinção de inúmeras espécies e toda ajuda é muito bem-vinda!

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Fonte: Jornal da Unesp

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