Era 1912 e o mundo se chocava com a história do Titanic, o “navio inafundável” que foi parar no fundo do mundo. Enquanto os olhos se voltavam para às águas geladas do Atlântico Norte, ao sul da Linha do Equador, nascia o seu Antônio José de Jesus, no estado de Sergipe, no dia 13 de junho, data do santo que garantiu seu nome.
E neste ano, o centenário completou com 111 anos de muito bom humor e com uma bagagem cheia de história para contar. Referência para a sua família e amigos queridos, ele teve, a todo, nove filhos. “Tive dois filhos homens e duas filhas mulheres de sangue, mas que criei já foram vários outros”, explicou em entrevista ao Campo Grande News.
Além do homem acolhedor, Antônio também é conhecido por ser um grande benzedeiro, algo que ele aprendeu com a avó. “Se tinha alguma amarração, minha avó colocava a mão e já resolvia. Eu ficava vendo ela fazendo aquilo com as crianças, ajudando, e aprendi”, relembrou.
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Créditos: Juliano Almeida
Em Sergipe, o idoso precisou trabalhar em um engenho de cana-de-açúcar, quando ainda era bem novinho e afirma que se dava muito bem nas atividades do local.
Um tempo depois, ele se mudou para o Mato Grosso do Sul e passou a cuidar de fazendas de gado. Por lá, ele fez de tudo um pouco, sempre movido pela necessidade de trabalhar.
Alguns anos depois o amor bateu à porta e ele se casou com a sua esposa, que era parteira e trouxe inúmeras crianças ao mundo. Sempre presente, seu Antônio acompanhou de perto os partos feito pela mulher, além do número de benzeções, é claro.
SEGREDO REVELADO
A comemoração dos 111 anos foi marcada por muita alegria e uma boa festança! Entre os diversos convidados estava Wania Catielli de Jesus uma das netas que se transformaram em filhas do centenário.
De acordo com ela, o avô sempre teve uma boa história na ponta da língua e conseguia manter a família toda reunida e atenta para ouvir seus causos. “Ele é o nosso herói mesmo, sempre foi. Trabalhador e depois que minha avó faleceu, foi ele quem continuou cuidando da gente, nunca deixou faltar nada”, afirmou.
Créditos: Juliano Almeida
Quando questionada sobre a saúde do avô, Wania se orgulha em dizer que ele não toma remédio e sempre foi uma pessoa batalhadora e ativa. “Ele continua fazendo as coisas dele, saindo com a gente. É engraçado porque olho para ele e não consigo pensar que tem a idade mesmo”, enfatizou.
Já o aniversariante compartilha outro segredo sobre a longevidade: amor pela vida e parar de beber cachaça!
Olhando em retrospecto são tantas histórias, que seu Antônio sabe muito bem aquelas que gosta de compartilhar e as que prefere guardar pra ele mesmo. “O que eu já vi de melhor nessa vida? Não posso contar, é melhor. E o que de mais ruim? A maldade, mas essa eu tirava das pessoas”, finalizou.
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Fonte: Campina Grande News.
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Jornalista e redatora. Amante de gatos, livros, moda e receitinhas.
