5 cordéis engraçados para semana nordestina agitar

Se divirta com essas rimas engraçadas!

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Que tal dar uma boas gargalhadas em cordéis para celebrar a semana nordestina? Selecionamos boas opções de cordéis engraçados para a semana nordestina.

As paisagens do nordeste do Brasil são palco de uma cultura diversificada, onde a arte se junta com o cotidiano das pessoas.

Nesse contexto, o cordel cresce como uma forma literária, capaz de passar as tradições, histórias, culturais e valores nordestinos. 

Te interessa?

Foi pensando nisso que selecionamos ótimos cordéis engraçados para você comemorar a semana nordestina e se divertir com boas rimas.

Cordéis engraçados para semana nordestina

Com sua linguagem simples e cativante, os cordéis da cultura nordestina representam um verdadeiro tesouro do Brasil.

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5 cordéis engraçados para semana nordestina agitar. (Imagens: Pexels)

Eles se tornaram embaixadores da cultura nordestina e você pode se divertir muito com essa arte. Confira a seguir bons cordéis para celebrar.

1 – Cordelzinho

Este menino é bonitinho
Todo mundo diz que é
Parece um sapo boi
Na boca do jacaré.

Eu não vou na sua casa
Pra você não ir na minha
Você tem a boca grande
E vai comer minha galinha.

Este também é bonitinho
Parece um pinto pelado
Saiu da casca do ovo
Todo fedido e melado.

Esta menina é linda
É o amor da minha vida
Parece até que é
Uma privada entupida.

E os olhos desta daqui
Me assusta de montão
Eles até se parecem
Com duas balas de canhão.

Já esta é muito esperta
Parece um bicho preguiça
Tem nariz de papagaio
E olhos de lagartixa.

E esta aqui que é magrela
Parece até um palito
Se ela fosse menino
Parecia um cabrito.

Esta morena é bonita
Parece uma onça pintada
Tem pernas de saracura
É banguela e desdentada.

Já esta que está aqui
É coisa bela de se ver
Seu rosto é bonitinho
Como bunda de bebê.

Os olhos desta aqui
Atingem o meu coração
Estou até ficando doido
Tô morrendo de paixão.

Sim, porque eu sou muito lindo
Sou um cara bonitão
Pareço até um galã
Artista de televisão
As mulheres só me chamam
Amor de meu coração.

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2 – O Matuto

Eu já um cabra taludo
De barba e tudo mais
Frouxo que nem um fole
Tinha medo de muié
Que mais parecia um mané  
Num parece ser verdade

Mais já quase ficando careca
Nunca tinha usado cueca
Nem prumode ir pra cidade
Só adespois que comecei a namorar Benedita
Comprei uns quinze metros de chita
E mandei a véia Lora

Desmanchar tudim em cirolas
Não prumode arrancar tocos
É que o namorado
Às vezes precisa andar armado
E a cueca esconde um pouco
Num Domingo demanhãzinha
Bem cedim

Fui à casa da namorada
Lá no meio do caminho
Tive então que  parar
Prumode passar um telegrama
Corri pra detrás de uma moita de rama
Lá perto do matagal

E pra cueca não se sujar
Tive então que pendurar
Numa gaia de pau
Adespois que terminei o serviço
Novamente me vesti
E por não ser acostumado
Da cueca me esqueci
Amontei no meu jegue apressado

E quando cheguei lá
Benedita e sua mãe Expedita
Me mandaram eu entrar
Aí eu entrei
E por desaforo
Me deram um tamborete de couro
Daqueles do assento de couro

Só que o danado tava furado
Homem que só deu tempo eu me sentar
Pros documentos descer
No buraco do danado
Tô eu lá sentado
Na maior tranqüilidade
Sem tá sabendo de nada

Daqui a pouco ouço a véia dizer
Valei meu são Gonçalo
Arrepare o papo do galo
Pendurado na cadeira
A véia chamou a fia e disse
Corre minha fia
Vai conversar com o rapaz
Que prumode ele se entreter

Que eu vou aqui por detrás
Ver o que posso fazer
Benedita veio
Com umas conversas bonitas
Umas prosas
Uns arrodeios
Patrão!

Fio nessa hora que senti um repuxão tão grande
Que fui na lua e vortei
Benedita me alisava
Me acariciava
E a véia puxava
Despois de muito xodó
Chamego e sofrimento

Eu ouço a véia dizer
Aqui no papo deste galo
Eu não tô vendo nadinha
A não ser dois ovinhos de rolinha
Galo comendo ovo não pode ser
Vou Ter que mostrar pro povo

A véia foi na cozinha
Passou a mão numa peixeira
Aí eu tive que dar um pinote
Pulei por cima dum pote
Saí numa carreira tão danada
Que não olhei nem pra trás

Desse dia pra cá
Nunca mais me esqueci
Do diabo da muié
E de uma coisa não esqueço jamais
Pra sentar numa cadeira
Mesmo as calças tando inteiras
Eu passo a mão atrás.

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3 – ABC do Nordeste

A — Ai, como é duro viver
nos Estados do Nordeste
quando o nosso Pai Celeste
não manda a nuvem chover.
É bem triste a gente ver findar o mês de janeiro
depois findar fevereiro
e março também passar,
sem o inverno começar no Nordeste brasileiro.

B — Berra o gado impaciente
reclamando o verde pasto,
desfigurado e arrasto,
com o olhar de penitente;
o fazendeiro, descrente,
um jeito não pode dar,
o sol ardente a queimar
e o vento forte soprando,
a gente fica pensando
que o mundo vai se acabar.

C — Caminhando pelo espaço,
como os trapos de um lençol,
pras bandas do pôr do sol,
as nuvens vão em fracasso:
aqui e ali um pedaço
vagando… sempre vagando,
quem estiver reparando
faz logo a comparação
de umas pastas de algodão
que o vento vai carregando.

D — De manhã, bem de manhã,
vem da montanha um agouro
de gargalhada e de choro
da feia e triste cauã:
um bando de ribançã
pelo espaço a se perder,
pra de fome não morrer,
vai atrás de outro lugar,
e ali só há de voltar,
um dia, quando chover.

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4 – A greve dos bichos

Muito antes do Dilúvio
era o mundo diferente,
os bichos todos falavam
melhor do que muita gente
e passavam boa vida,
trabalhando honestamente.

O diretor dos Correios
era o doutor Jaboty;
o fiscal do litoral
era o matreiro Siry,
que tinha como ajudante
o malandro Quaty.

O rato foi nomeado
para chefe aduaneiro,
fazendo muita “moamba”
ganhando muito dinheiro,
com Camundongo ordenança,
vestido de marinheiro.

O Cachorro era cantor,
gostava de serenata,
andava muito cintado,
de colete e de gravata,
passava a noite na rua
mais o Besouro e a Barata.

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5 – A corrida da vida

Na corrida dessa vida
é preciso entender
que você vai rastejar,
que vai cair, vai sofrer
e a vida vai lhe ensinar
que se aprende a caminhar
e só depois a correr.

A vida é uma corrida
que não se corre sozinho.
E vencer não é chegar,
é aproveitar o caminho
sentindo o cheiro das flores
e aprendendo com as dores
causadas por cada espinho.

Aprenda com cada dor,
com cada decepção,
com cada vez que alguém
lhe partir o coração.
O futuro é obscuro
e às vezes é no escuro
que se enxerga a direção.

Aí sim, lá na chegada,
onde o fim é evidente,
é que a gente percebe
que foi tudo de repente,
e aprende na despedida
que o sentido da vida
é sempre seguir em frente.

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Você gostou dessa engraçada seleção de cordéis para rir e se divertir na semana nordestina? Então não perca mais tempo e compartilhe com os seus amigos e familiares essas rimas engraçadas.

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