Médico remove granada alojada perto de coração de soldado: ‘Esse caso vai acabar nos livros de medicina’

Ainda não há uma explicação de como a granada ficou alojada no corpo do soldado sem explodir

Imagem: reprodução/Facebook Hanna Maliar

Retirar uma granada de dentro do corpo de um paciente vivo é algo que não se aprende nos cursos tradicionais de Medicina. Eis que chega na mesa do cirurgião militar ucraniano Andriy Verba o caso de um soldado que se feriu exatamente assim. E agora?

Considerado um dos médicos mais experientes do exército da Ucrânia, Andriy contou com a supervisão de dois especialistas em explosivos que orientou, durante toda a cirurgia, como manusear a granada para evitar que ela explodisse e matasse a todos ali.

O médico Andriy Verba com a granada que removeu do soldado (imagem: reprodução/Facebook/Hanna Maliar)

Alguns procedimentos tiveram que ser adaptados a essa situação raríssima. Normalmente, os médicos usariam a eletrocoagulação (comum em cirurgias cardíacas para estancar o sangramento), mas, se fizessem isso, a corrente elétrica poderia detonar a granada.

Te interessa?

O explosivo alojado no corpo do soldado pesava 254 gramas, tinha 4 centímetros de diâmetro e era de fabricação russa. Normalmente, granadas como essa explodem 20 segundos após serem lançadas – o caso do soldado surpreendeu especialistas de área não só pelo fato de ela não ter sido detonada, como também por continuar ativa durante todo esse tempo. Ainda não foi explicado como a granada ficou alojada dentro do tórax, perto do coração do militar.

A identidade do paciente também não foi divulgada. O que se sabe é que se trata de um homem de cerca de 28 anos e que a cirurgia foi bem-sucedida. “Sobre este paciente, posso dizer que ele nasceu em 1994. Agora, ele será enviado para reabilitação, sua condição é estável. Acho que esse caso vai acabar nos livros de medicina”, afirmou Anton Gerashchenko, conselheiro do Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia, segundo a BBC.

Imagem de onde a granada ficou alojada no corpo do soldado (imagem: reprodução/Facebook Hanna Maliar)

E ele tem razão, não é? É um feito digno de ficar registrado em livros de medicina e que pode ajudar a salvar mais vidas em futuros conflitos, já que os médicos terão um caso para se basear como experiência prévia, sabendo o que fazer e o que não fazer.

Médico brasileiro na Ucrânia

Os médicos, aliás, são profissionais que têm trabalhado muito na guerra da Ucrânia, cuidando tanto de militares feridos em combate como de civis. O brasileiro Milton Steinmann, cirurgião-geral do Hospital Albert Einstein e professor da faculdade mantida pela mesma instituição, foi um dos voluntários que viu de perto a realidade do conflito.

Contamos a história dele aqui no Awebic e é interessante parar para pensar como algumas pessoas estão dispostas a arriscar a sua própria vida em nome de uma causa, de uma missão. “Nessas situações, a diferença que você faz como profissional é pequena, mas para a pessoa que está sendo ajudada é gigante. Isso me faz bem e me sinto motivado. Ser médico de desastres é um chamado. Atender no consultório é bacana. Porém, em circunstâncias difíceis, me sinto útil porque consigo ajudar quem não tem nada. Parece que a vida tem mais sentido”, disse Milton.

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Fonte: BBC

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