Homem com paralisia volta a andar após 12 anos graças a pesquisa histórica com tecnologia de ponta

O futuro chegou!

Após passar 12 anos sem conseguir andar devido a um acidente de bicicleta que lesionou a sua coluna, o holandês Gert-Jam Oskam, de 40 anos, finalmente conseguiu ficar em pé e caminhar. O feito histórico é graças a uma pesquisa publicada na revista Nature e liderada por neurocientistas e neurocirurgiões da EPFL/CHUV/UNIL e CEA/CHUGA/UGA.

Emocionado, Gert-Jam disse que recuperou a alegria de poder compartilhar uma cerveja em pé em um bar com os amigos. “Esse simples prazer representa uma mudança significativa na minha vida”, enfatizou.

Grégoire Courtine, um dos cientistas envolvido no projeto, explicou que foi criada uma interface sem fio entre o cérebro e a medula espinhal usando tecnologia de interface cérebro-computador (BCI) que transforma pensamento em ação. Uau!

Te interessa?

Para estabelecer essa ponte digital são necessários dois tipos de implantes eletrônicos. Outra neurocirurgiã que colaborou com o desenvolvimento do projeto, Jocelyne Bloch, disse que a equipe implantou dispositivos acima da região do cérebro responsável pelo controle dos movimentos das pernas.

Gert-Jan é a primeira pessoa a participar da pesquisa.
Créditos: divulgação

Esses dispositivos desenvolvidos pelo CEA permitem decodificar os sinais elétricos gerado pelo cérebro quando pensamos em caminhar. Também posicionamos um neuroestimulador conectado a um feixe de eletrodos sobre a região da medula espinhal que controla o movimento das pernas”, afirmou.

E claro que tudo isso tem uma imensa colaboração da inteligência artificial! Guillaume Charvet acrescenta: “Graças aos algoritmos baseados em métodos adaptativos de inteligência artificial, as intenções de movimento são decodificadas em tempo real a partir de gravações cerebrais“.

Assim, essas intenções de movimento são convertidas em sequências de estimulação elétrica da medula espinhal, que por sua vez ativam os músculos das pernas para alcançar o movimento desejado.

E o mais legal é que essa ponte digital opera sem fio, permitindo que o paciente se mova de forma independente. O futuro é hoje e agora!

ESPERANÇA PARA O FUTURO

A reabilitação apoiada pela ponte digital permitiu que Gert-Jan recuperasse as funções neurológicas que havia perdido desde o acidente.

Graças a essa tecnologia, es pesquisadores conseguiram quantificar melhorias notáveis nas percepções sensoriais e habilidades motoras de Gert-Jan, mesmo após a ponte digital ter sido desligada. Ou seja, esse reparo digital da medula espinhal sugere que novas conexões nervosas se desenvolveram. Que incrível!

O objetivo é tornar a tecnologia disponível em todo o mundo.
Créditos: divulgação

Por enquanto, essa tecnologia só foi testada em uma pessoa. Mas Jocelyne e Grégoire estão animados para projetos futuros! De acordo com os cientistas, futuramente, uma estratégia parecida pode ser usada para restaurar as funções do braço e da mão, no caso de pessoas que perderam os movimentos desses membros.

Ainda segundo os pesquisadores, a ponte digital também pode ser aplicada em outros casos, como paralisia devido a acidente vascular cerebral (AVC).

A pesquisa recebeu apoio da Comissão Europeia através do seu Conselho Europeu de Inovação (EIC) para desenvolver uma versão comercial da ponte digital com o objetivo de tornar a tecnologia disponível em todo o mundo.

São esses avanços da ciência que nos fazem ter esperança de um futuro melhor, não é mesmo?

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Fonte: ACTU.

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