Jardineiro cego recebe ajuda de amigos e realiza sonho de ser professor de braile

Uma história que traz muita inspiração!

O jardineiro goiano Rogério nasceu com uma doença nos olhos conhecida como glaucoma congênito e já na infância começou a perder a visão. Há cinco anos, ele ficou totalmente cego.

O que poderia ser um impeditivo para ele exercer atividades que a maioria das pessoas com a visão normal realiza, na verdade foi um propulsor para que ele corresse atrás de seus sonhos.

Funcionário da Companhia de Urbanização do Município de Goiânia (Comurg) há 16 anos, Rogério é jardineiro da empresa e sonha em ser professor. Para isso, ele começou a cursar pedagogia, porém, com a pandemia e diversas dificuldades financeiras, precisou trancar a faculdade e parar de estudar.

Te interessa?

Quando eu fui lá e tranquei, fui a pé e voltei, quando voltei fui de lá até aqui chorando. É meu sonho, chorei porque não queria trancar”, disse em entrevista ao Jornal Anhanguera.

Rogério tem o sonho de ser professor de história e braile – Créditos: Reprodução/TV Anhanguera

Percebendo a tristeza do amigo, o colega de trabalho, José Evangelista Moreira teve, a ideia de fazer uma rifa para pagar as mensalidades do curso de Rogério. “E deu super certo! Conseguimos comover e motivar o pessoal, e foi um mutirão instantâneo… Conseguimos colocar as dívidas da universidade em dia”, disse José.

A rifa foi totalmente vendida em duas semanas e ajudou a pagar as contas da faculdade em atrasado. Um verdadeiro anjo na vida do jardineiro, o colega José é puro apoio e incentivo.

Eu vim pra Comurg, né, e ele veio também. Coincidiu da gente vir trabalhar no mesmo local após o concurso para jardineiro e aqui ele me chama de papai, sabe, a gente vai e volta junto… E quando ele decidiu estudar e se empenhou para isso, também demos todo o nosso apoio”, afirmou.

FUTURO PROFESSOR

Infelizmente, a faculdade que Rogério cursa não fornece um material próprio para quem tem algum tipo de deficiência visual. Assim, ele precisou se adaptar e criar meios de estudar e não ser prejudicado.

Para isso, ele grava as aulas dos professores e anota tudo o que é passado. “Gravo a aula e gravo também em áudio os textos das apostilas que estou estudando”, explicou. Além disso, a filha e a esposa o ajudam, lendo em voz alta o conteúdo das apostilas e outros materiais.

Com o material auditivo em mãos, ele ouve as aulas durante o trabalho e boa parte dos colegas acabam aprendendo também! Futuramente, Rogério pretende atuar como professor de história e de braile.

Estou pagando minha faculdade através da Comurg e da minha pazinha, meu instrumento de trabalho. Quando eu formar e eu for apresentar lá, quero levar ela, vou mostrar para as pessoas que um simples objeto é importante para você conseguir suas coisas. Não importa o que você faz, o que importa é se você faz com amor e carinho“, finalizou.

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Estamos na torcida por Rogério! Que ele tenha um futuro brilhante e continue plantando e colhendo todos os seus sonhos.

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