Pesquisadores buscam cura da anemia falciforme em terapia gênica

Se tudo der certo, poderemos ter uma cura para a doença

Você já ouviu falar na anemia falciforme? É uma doença genética crônica que, até o momento, não tem cura e causa muitos impactos na qualidade de vida das pessoas que sofrem com ela. A anemia falciforme é mais comum em pessoas negras. A boa notícia é que pesquisadores do Hospital Albert Einstein estão trabalhando em uma cura!

O nome do projeto é “Terapia Inovadora para Anemia Falciforme”. Além do Albert Einstein, ele também conta com parceria com o Ministério da Saúde e o Hospital das Clínicas de São Paulo. Se tudo der certo, será um avanço enorme para a ciência e a medicina não só do Brasil, mas de todo mundo!

Nas pessoas com anemia falciforme, ocorre uma mutação em um dos genes que formam as hemoglobinas. Por conta disso, é formada uma hemoglobina anormal. Em vez do formato bicôncavo, elas ficam com o formato de uma foice (daí vem o nome de “falciforme”).

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Em pacientes que sofrem com anemia falciforme, o formato da hemoglobina é semelhante a uma foice (imagem: iStock/UOL)

Essa alteração faz com que as células “grudem” na parede dos vasos, o que faz com que a circulação sanguínea seja prejudicada e provoca dor nos pacientes. Para piorar, o organismo, ao reconhecer essa hemoglobina anormal, começa a atacá-la, podendo causar uma anemia.

Quem sofre dessa doença frequentemente precisa de atendimento para lidar com as dores e tem muito da sua qualidade de vida prejudicada.

Complicações

“Também há uma série de outras complicações relacionadas à obstrução dos vasos sanguíneos, como maior risco de AVC (acidente vascular cerebral), complicações pulmonares, tromboses, maior risco de infartos em órgãos como ossos e pulmões, problemas nos rins“, afirmou a hematologista Karina Tozatto Maio, uma das participantes do estudo do Albert Einstein. A declaração foi dada ao UOL, que fez uma matéria bem completa sobre a pesquisa.

Hospital Albert Einstein, instituição que desenvolve a pesquisa (imagem: Folha de São Paulo)

O projeto, aliás, é focado em terapia gênica. Os pesquisadores vão fazer uso de uma técnica para corrigir a mutação causada pela anemia falciforme. “No DNA temos aquelas letrinhas que representam as bases. A gente pretende tirar a letrinha que está errada e voltar a letrinha certa.”

“São diversas etapas, estamos manipulando uma célula muito sensível, que é a célula-tronco da medula óssea, e essa célula retirada do paciente vai voltar para ele, então essa manipulação tem que ser feita da forma mais estéril, rigorosa e segura possível”, esclarece Karina.

O projeto existe desde 2019 e acabou atrasando um pouco por conta da pandemia, mas vê-lo avançando é motivo de muita alegria! A ciência tem feito coisas incríveis para salvar vidas e, se tudo der certo, essa será mais uma grande inovação com grande impacto para a saúde de inúmeras pessoas.

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