Os poemas de Álvares de Azevedo são obras profundamente melancólicas que leva seus leitores a explorar os sentimentos de desespero e desilusão do autor.
A literatura brasileira e seus grandes ícones ajudam não só na cultura, mas também nas reflexões profundas da vida – proporcionando fontes de sabedoria.
Com isso, o grande mestre Álvares de Azevedo também se destaca no mundo das letras e conselhos para a vida. Você não se arrependerá das leituras gratificantes do autor.
Te interessa?
Foi pensando nisso que selecionamos um lindo poema de Álvares de Azevedo para você refletir sobre a vida e entender o quando a vida pode ser linda mesmo com certas circunstâncias.
Poema “Desânimo” de Álvares de Azevedo
“Estou agora triste. Há nesta vida
Páginas torvas que se não apagam,
Nódoas que não se lavam… se esquecê-las
De todo não é dado a quem padece…
Ao menos resta ao sonhador consolo
No imaginar dos sonhos de mancebo!Oh! voltai uma vez! eu sofro tanto!
Meus sonhos, consolai-me! distraí-me!
Anjos das ilusões, as asas brancas
As névoas puras, que outro sol matiza.
Abri ante meus olhos que abraseiam
E lágrimas não tem que a dor do peito
Transbordem um momento…E tu, imagem,
Ilusão de mulher, querido sonho,
Na hora derradeira, vem sentar-te,
Pensativa e saudosa no meu leito!
O que sofres? que dor desconhecida
Inunda de palor teu rosto virgem?
Por que tu’alma dobra taciturna,
Como um lírio a um bafo d’infortúnio?
Por que tão melancólica suspiras?Ilusão, ideal, a ti meus sonhos,
Como os cantos a Deus se erguem gemendo!
Por ti meu pobre coração palpita…
Eu sofro tanto! meus exaustos dias
Não sei por que logo ao nascer manchou-os
De negra profecia um Deus irado.
Outros meu fado invejam… Que loucura!
Que valem as ridículas vaidades
De uma vida opulenta, os falsos mimos
De gente que não ama? Até o gênio
Que Deus lançou-me à doentia fronte,
Qual semente perdida num rochedo,
Tudo isso que vale, se padeço!Nessas horas talvez em mim não pensas:
Pousas sombria a desmaiada face
Na doce mão e pendes-te sonhando
No teu mundo ideal de fantasia…
Se meu orgulho, que fraqueia agora,
Pudesse crer que ao pobre desditoso
Sagravas uma ideia, uma saudade…
Eu seria um instante venturoso!Mas não… ali no baile fascinante,
Na alegria brutal da noite ardente,
No sorriso ebrioso e tresloucado
Daqueles homens que, pra rir um pouco,
Encobrem sob a máscara o semblante,
Tu não pensas em mim. Na tua idéia
Se minha imagem retratou-se um dia
Foi como a estrela peregrina e pálida
Sobre a face de um lago…”
Como você acabou de ler, o grande Álvares de Azevedo tem alguns pontos de vistas em relação às tristezas da vida.
Na verdade, algumas dessas frases de pensamentos positivos para equilibrar a vida também são sinais para realinhar alguns conceitos na vida. Concorda?
Um poema sobre vida e tristeza
O grande escritor Álvares de Azevedo, por meio de seu lindo texto, apresenta aos seus leitores um retrato vívido da tristeza que pode envolver a vida de alguém.
Na verdade, o texto começa com o autor admitindo seu estado de espírito, que é de tristeza profunda. Você se sente uma pessoa triste também?
De uma forma poética, Azevedo descreve:
- As dificuldades de apagar páginas sombrias da vida;
- As nódoas que não se lavam e que deixam marcas indeléveis na alma.
- A sensação de que o passado sombrio não pode ser completamente esquecido.
A busca por consolo no imaginário é uma constante na vida do poeta – seria uma habilidade que precisamos aprender com o decorrer da vida?
Na verdade, essas mensagens de amor do escritor só abre nossos olhos para o fato que algumas circunstâncias da vida são necessárias.
Logo, podemos observar no texto de Azevedo a anseia por sonhos de juventude, aqueles sonhos puros e idealizados que muitas vezes escapam quando envelhecemos.
Qual seria o sentido da tristeza do autor?
No poema, os sonhos são representados como anjos das ilusões; asas brancas que podem trazer alívio para a dor e distração da realidade.
Sabendo disso, a figura de uma mulher idealizada surge no poema como uma ilusão, um querido sonho que o autor deseja que venha sentar-se ao seu lado em seu leito.
Na verdade, essa figura é um símbolo da busca do poeta por amor e companhia, algo que parece distante e inalcançável. Você concorda?
O autor destaca:
Nessas horas talvez em mim não pensas:
Pousas sombria a desmaiada face
Na doce mão e pendes-te sonhando
No teu mundo ideal de fantasia…
Se meu orgulho, que fraqueia agora,
Pudesse crer que ao pobre desditoso
Sagravas uma ideia, uma saudade…
Eu seria um instante venturoso!
Logo, podemos ler também no texto que a angústia do poeta é agravada pelo sentimento de isolamento.
Ele se pergunta por que sofre tanto e devemos aprender a se questionar também por certas circunstâncias da vida. Será que a vida é realmente tanta tristeza como alguns poetas falam?
Palavras para renovar as esperanças
O texto de Azevedo convida seus leitores a pensar sobre a natureza das ilusões e sonhos. Na verdade, o poema direciona a pessoa como a natureza pode confortar em momentos de dor e solidão.
Como a busca por significado e amor continua a impulsionar cada um de nós, mesmo quando a vida nos decepciona, precisamos ter direções.
Ele diz:
Mas não… ali no baile fascinante,
Na alegria brutal da noite ardente,
No sorriso ebrioso e tresloucado
Daqueles homens que, pra rir um pouco,
Encobrem sob a máscara o semblante,
Tu não pensas em mim. Na tua ideia
Se minha imagem retratou-se um dia
Foi como a estrela peregrina e pálida
Sobre a face de um lago…”
Logo, o escritor Álvares de Azevedo lembra em suas palavras da importância de mantermos vivos nossos sonhos e esperanças, mesmo quando enfrentamos o desânimo.
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Essas frases para reflexões do dia de Álvares de Azevedo desperta em nós o desejo de sempre buscar ser uma pessoa melhor com o amor – mesmo no sofrimento.
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Será que você realmente alimenta suas esperanças com coisas boas? Será que sua vida não seria melhor se você buscar mais ânimo na vida?
…
Você gostou desse belíssimo poema de Álvares de Azevedo para abrir seus olhos para a vida? Então não perca mais tempo e compartilhe com seus amigos e familiares essas poderosas palavras de motivação.
Redator Web desde 2017, um leitor voraz e apaixonado por livros de ficção histórica.
