Imagine você a dor e a revolta de ficar preso três anos injustamente. Um sofrimento que o Thiago Augusto Alves de Souza, de São Vicente, no litoral de São Paulo, sentiu na pele.
Ele foi acusado de ter participado de um assalto a um supermercado em janeiro de 2019. No entanto, ele estava longe do local na hora do crime e não participou da ação.
Naquela data, os assaltantes atiraram contra um segurança, que sobreviveu ao ataque e fez o reconhecimento dos criminosos por foto. Thiago foi apontado como suspeito e, por isso, acabou preso, mesmo explicando que estava na casa da namorada no momento do assalto.
Te interessa?
A equipe de advogados reuniu inúmeras provas para mostrar a inocência do rapaz. Entre elas, câmeras de monitoramento mostrando que Thiago e os criminosos usavam roupas diferentes no dia do crime.
Ninguém usava uma bermuda vermelha como o jovem acusado injustamente. Também não foi encontrado nenhum resquício de pólvora com ele.
“Além disso, o porte físico do Thiago é totalmente diverso dos atiradores. Eles eram muito mais magros, isso dá para perceber nas imagens. O trabalho do júri foi feito mostrando várias contradições dos PMs, mostrando várias questões, mas, principalmente, que Thiago tinha um álibi, que ele estava em um local diverso no horário do delito, e usando roupas diversas, também. Quando foram apresentadas as imagens dos atiradores, ela não reconhece expressamente como se o Thiago fosse um dos atiradores”, disse o advogado Thiago Passos ao G1.
O alívio veio no dia 15 de março
Com a grande quantidade de provas da sua inocência, Thiago foi absolvido no júri popular. Emocionado, se ajoelhou e agradeceu por ter reconquistado a sua liberdade, esse bem tão precioso na vida de uma pessoa.
“Foi muito gratificante ver a Justiça sendo feita, mesmo após ele ficar três anos preso injustamente. A cena foi emocionante, eu pude tirar aquela foto, ele basicamente desabou. Assim que ele ouviu a sentença de absolvição, ele caiu de joelhos”, diz o advogado Passos.
Três anos preso, muito difícil para o Thiago
Ele ficou longe da família, sofreu com a solidão, emagreceu na prisão e não conseguiu acompanhar o crescimento da filha – uma das etapas mais aguardadas por quem é pai e mãe.
Por conta de tudo isso, os advogados estão considerando a possibilidade de entrar com uma ação de danos morais. Claro que isso não vai devolver o tempo perdido em sua vida, mas sim será uma forma de compensar o que ele passou.
Nosso desejo para o Thiago é que agora possa recomeçar a sua vida ao lado daqueles que mais ama e que histórias tristes como essas não voltem a se repetir. Ninguém merece ser vítima de uma injustiça e de uma crueldade tão grande como essa.
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Fonte: G1
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.
