Rapaz indígena leva pai nas costas para vaciná-lo contra Covid-19

Emoção e inspiração.

Rapaz indígena leva pai nas costas para vaciná-lo contra Covid-19
Rapaz indígena leva pai nas costas para vaciná-lo contra Covid-19

Uma caminhada de 6 horas pode não ser uma coisa fácil para quem não possui o hábito, não é mesmo? E imagine só carregando uma pessoa em suas costas?

Foi exatamente isso que o jovem indígena Tawy Zoé fez no ano passado. Em uma fotografia compartilhada pelo médico neurocirurgião Erik Jennings, essa história vem impactando bastante.

Ele contou que Tawy andou por 6 horas carregando o pai Wahu Zoé para tomar a primeira dose da vacina contra a Covid-19. E detalhe: por dentro de uma floresta!

Te interessa?

Além de todo esse tempo e da distância que era necessário percorrer, haviam muitos obstáculos para esse filho inspirador e mesmo assim ele prosseguiu a viagem.

Erik compartilhou a fotografia há poucos dias em suas redes sociais como o momento mais marcante que presenciou em 2021.

Quando chegou a contar que esse rapaz passou por muitos morros e cortou rios e canais cheios, entendemos como um momento desse precisa ser uma retrospectiva no começo de um ano novo pós pandemia.

Depois de ver o amado pai tomar a primeira dose da vacina, de ter enfrentado uma caminhada difícil, Tawy o colocou nas costas mais uma vez e percorreu o mesmo caminho árduo que fez para chegar até lá.

Veja a publicação que o médico fez em suas redes sociais e sinta-se tocado pelo tamanho amor desse jovem.

Assim como os demais de sua aldeia se preocuparam com a saúde e proteção contra o vírus, reconheceram a necessidade de tomar todos os cuidados possíveis, comemoram a ausência de casos em todas as pessoas que fazem parte dessa comunidade inspiradora e digna de aplausos.

Quem é o médico que compartilhou a imagem

Erik Jennings abraçou a difícil missão de trabalhar em uma região que precisa aprender a imergir a medicina com todos os saberes que os povos carregam há décadas.

Ele coordena residência médica em neurocirurgia do Hospital Regional do Baixo Amazonas e atua na Secretaria Especial de Saúde Indígena.

Autor do livro Paradô: Histórias de um Neurocirurgião do Interior da Amazônia, inspira ao reconhecer que precisa aprender a ter um diálogo único dentro das aldeias.

Para ele, os índios que fazem parte da tribo indígena Zoé – a tribo do Tawy – não são os únicos que saem ganhando ao aceitar cuidados médicos há umas décadas e reforça:

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“Um dos maiores desafios da medicina é dialogar com outros saberes, com as magias e lendas. Longe de serem coisas sem importância ou verdade garantem o bem viver de muitos povos na Amazônia. Quando compreendidas, poderão até dar respostas a muitas questões da ciência. Povos indígenas conversam , negociam e respeitam seres humanos, não humanos, espíritos e outras entidades. Essas relações sociopolíticas complexas e muito bem afinadas fazem parte da COSMOPOLÍTICA.”

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