Após ligar para a polícia dizendo que passava fome, garotinho e família recebem doações

A ajuda sempre aparece!

O maior espetáculo do pobre da atualidade é comer”. A frase escrita por Maria Carolina de Jesus em seu livro Quarto de Despejo é de 1960, mas infelizmente ainda soa muito real.

De acordo com pesquisa feita pelo 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, em 20222 mais de 33 milhões de pessoas não têm o que comer. Os dados assustadores levaram o Brasil a regredir para os patamares da década de 1990.

Uma forma materializada desses números é a família do pequeno Miguel, de 11 anos, que correu o Brasil e gerou uma rede de solidariedade. No começo desse mês, entre a fome e o desespero, o garoto ligou para o 190 para pedir ajuda à Polícia Militar (PM) em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Te interessa?

Ao ser atendido ele disse que não havia nada que comer em sua casa. A mãe do menino, Célia Arquimino Barros, de 46 anos, tem mais cinco filhos, está desempregada e sobrevive de bicos e do Auxílio Brasil. Em entrevista à TV Globo, ela contou que estava sem comprar comida há quase três semanas.

Após dias sem ter o que comer, a dispensa da família voltou a ficar cheia
Créditos: G1

Eu só tinha fubá e farinha. Já tinha uns três dias que a gente estava assim. E que já tinha acabado as coisas, já tinha mais de 20 dias, mas ainda tinha um pouquinho de arroz, de algumas coisas”, explicou ao G1.

Célia também afirmou que estava desesperada e não conseguia pedir ajuda, pois de acordo com ela “as pessoas acham que você tá com preguiça, que você não quer trabalhar. As pessoas não entendem a situação”.

Minha mãe estava chorando no canto, eu pedi o telefone e liguei”, relatou Miguel. Mas, existem pessoas sim que entendem a situação e ajudam sem pensar duas vezes! Ainda bem!

FAZER O BEM SEMPRE!

Ao chegar na casa e constatar a realidade da família de Célia, os policiais se comoveram e iniciaram uma corrente do bem. “Há 24 anos na Polícia Militar, eu nunca me deparei com uma situação dessa. Nós ficamos todos comovidos, motivo pelo qual iniciamos contatos para tentar ajudar a família”, disse o tenente Nilmar Moreira.

Os policias ficaram comovidos com o caso e ajudaram com cestas básicas e outras doações.
Créditos: G1

Um dia depois da ligação, a dispensa da casa de Miguel voltou a ficar cheia de comidas gostosas e as crianças ganharam brinquedos! Comovidas, as pessoas que ficaram sabendo resolveram enviar doações também.

Um desses atos de amor veio do engenheiro civil Douglas Mendes, que foi até a casa de Célia e Miguel para levar mais doações. “Eu acho que, se cada um puder fazer um pouco, já se torna muito na vida de alguém. É muito triste a realidade de hoje, das pessoas carentes. Quando você vê uma criança, principalmente, pedindo ajuda, é porque a situação é extrema”, enfatizou.

A polícia da cidade pretende continuar ajudando a família e informou que quem quiser contribuir pode entrar em contato com o Batalhão de PM.

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Como é bom ver a solidariedade entrando em ação!

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