Carnaval é época de festa, alegria, música e também de inclusão! Pela primeira vez, Belo Horizonte (MG) contou com um bloco formado 100% por músicos cegos. O Cabra Cega tocou clássicos do forró no sábado, dia 11 de fevereiro, no bairro de Santa Tereza.
No repertório da apresentação do grupo, estavam nomes muito conhecidos dos fãs de uma boa música brasileira. Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Dominguinhos, Anastácia e Geraldo Azevedo são alguns deles.
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“Vamos fazer história! Muito se fala sobre a inclusão das pessoas com deficiência, mas de fato, nem todos estão engajados nesta missão. Por isso, o nosso desejo é, com a nossa música e a trajetória de mais de 20 anos de artistas que vivem do forró, contribuir para a construção de uma sociedade cada vez mais inclusiva”, disse Jerônimo Rocha, baixista e vocalista do grupo ao g1.
O Cabra Cega já fez mais de 200 apresentações e até turnês internacionais. No Instagram, o grupo se define como “arte musical de quem não vê para quem vê” e compartilha um pouco da sua agenda de shows.
Além do Jerônimo Rocha, fazem parte do Cabra Cega Alessandra Madureira (triângulo e voz), Atlas Felipe (flauta), Leoniudo Lopes (bateria e zabumba), José Maria (violão) e Jeandersom (teclado). Pessoas muito talentosas e que merecem ter o seu trabalho reconhecido!
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Uma curiosidade é que o bloco surgiu a partir de uma banda chamada Forró no Escuro, formada por músicos com deficiência visual que são ex-alunos do Instituto São Rafael
O que é o Instituto São Rafael?
Com quase 100 anos de existência, o Instituto São Rafael é um centro de atendimento especializado em pessoas com deficiência visual. O seu grande foco é a área da educação, dando oportunidade para que esse público possa aprender, fazer cursos técnicos, capacitações e cursos livres. Está localizado em Belo Horizonte.
Mantido pela Secretaria de Educação de Minas Gerais, o Instituto São Rafael é uma instituição pública que transforma vidas. É fácil ver que esse trabalho tão importante de inclusão já está dando grandes frutos: sem ele, os músicos do bloco Cabra Cega não teriam se conhecido e formado esse grupo.
Que a gente tenha mais exemplos de inclusão – não apenas no Carnaval, mas em todas as épocas do ano. E que a história do Cabra Cega possa inspirar muitos outros grupos musiciais compostos por músicos com algum tipo de deficiência.
É por meio da inclusão que podemos construir uma sociedade melhor e com oportunidades para todos.
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Fonte: g1
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.
