Escola ensina programação com aulas gratuitas e sem professor: partiu estudar lá?

Você já ouviu falar na École 42?

Imagem: École 42

Qual a melhor forma de estudar programação? De acordo com uma escola francesa chamada École 42, é sem professor e sem precisar se formar. Sim, é isso mesmo que você leu. E, ah! As aulas são gratuitas!

Referência em tecnologia mundial, a École 42 parte do princípio de que o aluno precisa saber colaborar, ter autonomia e ajudar os outros.

“A gente diz que antes de aprender qualquer código, você precisa rever os seus. Não dá para ensinar tecnologia sem pensar no ser humano. Programar vai além de digitar um código, passa pela forma, pela escuta, é sobre como você vai construir algo programando”, explica Karen Kannan, sócia da instituição, segundo a Exame.

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A École 42 chegou ao Brasil no meio da pandemia e tem 4 mil alunos na fila de espera para participar da seleção. Como não há mensalidade, quem tem mais dinheiro não leva vantagem no processo.

A nova forma de estudar, aos poucos, se torna natural e defendida pelos alunos (oatawa/Thinkstock)
A escola não tem professores: são passados desafios e os próprios alunos precisam se ajudar para chegarem à solução (imagem: Oatawa/Thinkstock)

Os critérios analisados são mais comportamentais e emocionais do que habilidades puramente técnicas. Exemplos: resiliência (capacidade de resistir às dificuldades), garra, vontade de aprender, entre outros. A seleção dura vários dias e são aplicados jogos de memória, lógica e desafios para os candidatos solucionarem junto com outras pessoas.

Podem se candidatar pessoas com mais de 18 anos, independentemente de ser ou não da área da programação. Não precisa nem ter o ensino médio completo. São escolhidos, quatro vezes por ano, cerca de 300 alunos.

Mas, se não há professores, quem avalia os alunos? Os seus próprios colegas! Bem diferente, né?

Apprentissage participatif, travail en groupe et exercices organisés en projets font partie de la pédagogie de l'école.
A École 42 é uma instituição francesa que está presente em outros países pelo mundo, incluindo o Brasil (imagem: DR)

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“No começo, achei que seria impossível, que eu nunca aprenderia nada, ainda mais sem professor. Ou você se comunica ou você não evolui. Você percebe que tem sempre alguém que sabe algo para te ajudar”, diz a bióloga Michele Prado, de 36 anos. Ela é uma das alunas que veio de outra área e não tinha experiência anterior em programação.

Um ponto levado a sério na seleção da École 42 é a questão da diversidade, dando espaço a diferentes perfis de alunos, como pessoas de famílias em situação de vulnerabilidade, autistas, pessoas com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), LGBTQIAP+, entre outros.

“Para resolver um problema complexo precisamos de muita diversidade. Se tivermos só branco, de classe alta, eles vão sempre resolver do mesmo jeito”, defende Karen.

Ficou com vontade de estudar na École 42 e aprender programação de um jeito bem diferente dos cursos tradicionais? Então, acesse o site da escola clicando aqui e saiba mais sobre como funcionam os processos para se candidatar.

Quem sabe não vem aí uma nova e talentosa geração de programadores profissionais?

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Fonte: Exame

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